Autor: Raphael Montes
Editora: Suma de Letras
Páginas: 109
Ano: 2015
Páginas: 109
Ano: 2015
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Sinopse: Em 1589, o padre e demonologista Peter Binsfeld fez a ligação de cada um dos pecados capitais a um demônio, supostamente responsável por invocar o mal nas pessoas. É a partir daí que Raphael Montes cria sete histórias situadas em um vilarejo isolado, apresentando a lenta degradação dos moradores do lugar, e pouco a pouco o próprio vilarejo vai sendo dizimado, maculado pela neve e pela fome.
As histórias podem ser lidas em qualquer ordem, sem prejuízo de sua compreensão, mas se relacionam de maneira complexa, de modo que ao término da leitura as narrativas convergem para uma única e surpreendente conclusão.
O Vilarejo foi a minha terceira experiência com o trabalho de Raphael Montes. As duas leituras anteriores foram boas, mas tive uns probleminhas aqui e ali. Felizmente, na terceira, o jogo virou e eu posso dizer que gostei da obra do começo ao fim.
Esse é um livro de contos de terror que se passam com os moradores de um mesmo vilarejo. No início da obra, o autor nos conta como surgiu a ideia de escrever os contos, e eu não vou comentar nada sobre isso, apenas que é algo bem macabro, que já nos dá o tom do que virá a seguir. Raphael consegue deixar o leitor com a pulga atrás da orelha, duvidando do que pode ser real ou imaginário.
Dizem que os contos podem ser lidos em qualquer ordem, mas eu particularmente discordo. Acho que a maneira que foram dispostos na obra é o que colabora para que a experiência seja única e surpreendente, conforme vamos descobrindo o que aconteceu com aquelas pessoas e de que maneira as histórias delas se conectam.
Não consigo escolher um conto favorito; todos tiveram seu grau de importância e se completaram muito bem, na minha opinião. Talvez o último seja o mais legal justamente por ser o responsável por “dar liga” na história e nos fazer entender o todo. O autor ainda retorna ao final de tudo para nos presentear com mais algumas revelações macabras e que nos deixam ainda mais alertas. A gente se pergunta: mas o que foi que eu acabei de ler?