Resenha | Vinte Garotos no Verão

terça-feira, 20 de janeiro de 2015
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Autor: Sarah Ockler
EditoraNovo Conceito
Páginas: 288
Ano: 2014
Classificação
Skoob 
Sinopse: Quando alguém que você ama morre, as pessoas perguntam como você está, mas não querem saber de verdade. Elas buscam a afirmação de que você está bem, de que você aprecia a preocupação delas, de que a vida continua. Em segredo, elas se perguntam quando a obrigação de perguntar terminará (depois de três meses, por sinal. Escrito ou não escrito, é esse o tempo que as pessoas levam para esquecer algo que você jamais esquecerá).
As pessoas não querem saber que você jamais comerá bolo de aniversário de novo porque não quer apagar o sabor mágico de cobertura nos lábios beijados por ele. Que você acorda todos os dias se perguntando por que você está viva e ele não. Que na primeira tarde de suas férias de verdade você se senta diante do mar, o rosto quente sob o sol, desejando que ele lhe dê um sinal de que está tudo bem.
Vinte Garotos no Verão foi um livro que me trouxe diversos sentimentos. Tristeza, ternura, raiva, alegria e principalmente nostalgia. Cresci passando meus verões na praia, então senti como se estivesse revivendo tudo nas férias das amigas Anna e Jackie. E esse é o ponto mais positivo da obra. A gente realmente se sente na costa, dá quase pra sentir o gosto do sal e o cheiro da maresia. Ponto pra narrativa de Ockler.

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A história aborda um assunto sério: a perda de alguém que se ama. Matt, mesmo aparecendo pouco, fez com que eu me apaixonasse por ele. Doeu compartilhar com Anna as lembranças que os dois viveram juntos, e consegui perceber que o sentimento do casal era verdadeiro. O relacionamento deles me lembrou um pouco a inocência de Meu Primeiro Amor, aquele filme lindo dos anos 90. Acho que a autora conseguiu traduzir direitinho a sensação de amar e ser amado pela primeira vez. [Pequeno spoiler] Duvido você não se derreter ao ler a cena do bolo… [Fim do pequeno spoiler]

As personagens principais geraram muita empatia em mim. Me identifiquei demais com a Anna e sua insegurança (sem ser exagerada como Bella Swan), e mesmo a Jackie, com seu jeito meio inconsequente, conseguiu despertar meu carinho. Confesso que senti um pouco de pena dela e entendi perfeitamente suas ações na tentativa de superar a morte do irmão.

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A disputa/aposta que dá título ao livro não é das mais empolgantes. Começa bem, mas toma um rumo muito previsível. E esse foi o meu maior problema com Vinte Garotos no Verão. Essa história tinha MUITO potencial para ensinar coisas valiosíssimas para seu público-alvo (garotas adolescentes), e falhou magistralmente ao mostrar que arrumar um boy magia resolve todos os seus problemas. Não vou me prolongar muito para não soltar spoilers tensos, mas quem for ler precisa saber que a autora não conseguiu transmitir uma mensagem de superação, encerramento e amizade. Muito pelo contrário. Tratou certos assuntos de forma infantil e arrisco dizer, levemente machista. Mas nada que seja gritante ou estrague a magia do livro. Posso ter implicado com algumas coisas simplesmente pelo fato de não ser eu a leitora para quem Sarah Ockler escreveu.

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No fim das contas, VGNV é um livro leve, de leitura gostosa e rápida. Mas não espere uma grande obra e nem uma grande lição de moral. O final é um pouco aberto, e mesmo que bonitinho, me incomodou pelo desfecho não ser bem o que eu esperava. Mas a leitura valeu muito a pena por ter despertado tantas sensações em mim, tanto físicas como emocionais.

Esta resenha faz parte do Desafio Literário I Dare You (saiba mais clicando aqui).
Tema de Janeiro: Férias

Beijos e até o próximo post!

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