Imagem: Elizabeth Tsung (Unsplash) |
Este post faz parte de uma blogagem coletiva do grupo Rotaroots, criado para resgatar a época de ouro dos blogs pessoais, incentivando a produção de conteúdo criativo e autoral, sem ser clichê e principalmente, sem regras, blogando pela diversão e pelo amor.
Eu ainda não descobri ao certo o que é o amor. Talvez nunca descubra.
Os filmes e a TV fazem a gente acreditar que o único amor válido é aquele romântico, em que a pessoa amada move céus e terra pelo outro, dá chocolates, presentes caros, viagens inesquecíveis… Mas às vezes esquecem de mostrar que amar também é aguentar os perrengues da relação, é não desistir ao primeiro sinal de desentendimento, é companheirismo, é ser amigo.
Pior ainda quando romantizam o sofrimento. Eu, como uma aspirante a escritora, sei que o sofrimento aflora e muito a criatividade, são metáforas e mais metáforas para exemplificar a dor da perda de quem se ama, ou a impossibilidade de estar junto. Mas quando isso se torna exagerado, é nocivo. Pregar que amar é sofrer pode trazer consequências, fazer com que acreditemos que ficar em um relacionamento dependente faz bem.
Sou a favor da representação do amor real, aquele que a gente vivencia diariamente. Sem declarações exageradas, sem comprar o afeto do outro com presentes, sem grude. Gosto da tranquilidade de um amor que está ali pra assistir um filme num domingo chuvoso, rachar a conta ou “fazer a minha” quanto estou sem grana, me alertar quando estou prestes a fazer alguma burrada… Talvez isso seja amor. Alguém que queira seu bem, que queira sua felicidade para compartilhar e não queira ser o único motivo dessa felicidade existir. Nesse amor eu acredito. Acredito e desejo pra vida toda.
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