Resenha | The Winner's Curse

quarta-feira, 29 de junho de 2016
Imagem: Stephanie Bertram


Autor: Marie Rutkoski
Nível de inglês: Intermediário - Avançado
Páginas: 368
Ano: 2014
Classificação:
Skoob
Sinopse: Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai - o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida... As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas. A Maldição do Vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita. Em um mundo dividido entre o desejo e a escolha, o dominador e o dominado, a razão e a emoção, de que lado você permanecerá?

The Winner's Curse é exatamente o que um primeiro livro de uma trilogia de fantasia deve ser. O leitor é apresentado a um mundo totalmente novo, com leis e regras próprias. Há também uma introdução aos principais personagens e o início do que virá a ser o enredo principal, que nesse caso, só dá as caras mesmo depois de mais da metade da obra.

Meu problema principal com o livro foi a estagnação inicial da história. Fofocas, indício de romance, bailes e personagens reclamões é tudo o que nos é oferecido durante boa parte do livro. Até que uma cena mais intensa acontece pra despertar um pouco o interesse, e foi a partir dessa cena que comecei a entender onde a autora queria chegar.

Muitos dizem que TWC é um livro de romance, mas eu discordo. Acho que o romance contido nesse primeiro livro fica bem em segundo plano (o que é ótimo), dando bastante espaço para outras tramas se desenvolverem, mesmo que lentamente. Dificilmente eu elogio romances, mas tenho que reconhecer os méritos da autora em criar um relacionamento crível e quase sem instalove, com personagens que vamos gostando aos poucos (comecei a leitura detestando os dois protagonistas e terminei adorando, ou seja...).

Kestrel é uma protagonista feminina diferente das que normalmente vemos em livros de fantasia YA. Um pouco mimada no começo, mas claramente influenciada pelo meio em que vive, ela cresce e se desenvolve conforme se vê diante de situações que exigem isso dela, e isso fez com que Kestrel se tornasse muito verossímil e tridimensional. O mesmo vale para Arin, que no início parece ser detestável mas aos poucos vai mostrando a que veio sem entregar tudo "de bandeja", mantendo um mistério em torno de si mesmo bem interessante. Dessa forma podemos criar empatia por ele e entender algumas de suas atitudes.

Como já citei, meu interesse foi crescendo ao longo do livro, conforme o ritmo da narrativa ia se acelerando. Não espere nada de muito original quanto ao enredo, pois as tramas e os conflitos contidos em The Winner's Curse são bem manjados de quem já leu um ou dois livros de fantasia. Mesmo já esperando algumas das reviravoltas, a escrita de Marie Rutkoski me prendeu bastante e foi crucial para que eu não desistisse da leitura.

O que se destacou na história pra mim, além dos personagens, foram algumas características do reino de Valoria, como a opção de alistamento militar dada às mulheres (mesmo mantendo o costume antigo do casamento arranjado e a escravidão), e toda a questão do duelo entre pessoas que desejam resolver alguma questão entre si, independente de idade ou gênero dos participantes. Isso até contradiz um pouco a ideia de que as damas devam sempre andar acompanhadas, mas mesmo assim vale a pena ressaltar esses pontos.

Não consegui achar elementos suficientes para classificar esse livro como distopia, apesar do que muitos alegam. Pra mim TWC é uma fantasia leve e com algumas questões políticas bem abordadas, uma protagonista forte e inteligente e um romance que não vai fazer o leitor revirar os olhos. Esses três fatores já são suficientes para fazer deste livro uma recomendação. Mas saiba que se você não gosta de livros com início lento, pode, assim como eu, ficar exausto ou demorar muito para terminar a leitura.

Quando comecei a leitura em inglês, descobri que seria lançado aqui no Brasil pelo selo Plataforma21, da editora V&R. Então pode ser que eu espere a trilogia inteira ser lançada pra adquirir todos os livros de uma vez :)

E você, pretende começar esta trilogia? Já leu? Deixa aí embaixo seu comentário!



Esta resenha faz parte do Desafio Literário I Dare You 2.0 (saiba mais clicando aqui).
Tema escolhido para Maio: Recomendado

Beijos e até o próximo post :*

2 comentários:

  1. terminei de ler na semana passada... não sei se meu humor estava muito elevado, meus astros alinhados, ou minha leituras anteriores tinham sido muito medíocres, mas esse foi um dos melhores livros y.a. que eu li em tempos... esse realmente n é um livro divertido, mas é um livro envolvente, os personagens (pra mim) eram reais, quase saiam das páginas... eu adorei... reza a lenda que é uma série que melhora a cada livro, e acho que a editora já confirmou o segundo livro pra setembro!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, Carol, eu fui cheia de expectativas e acabei não achando lá essas coisas. Acredito que fique melhor sim e torço muito por isso, já que detesto abandonar trilogias/séries.

      Beijão!

      Excluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Topo ↑