Resenha | Reconstruindo Amelia

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Autora: Kimberly McCreight
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Ano: 2014
Classificação:
Skoob
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Sinopse: Kate Baron, uma bem-sucedida advo­gada, está no meio de uma das reuniões mais importantes de sua carreira quando recebe um telefonema. Sua filha, Amelia, foi suspensa por três dias do Grace Hall, o exclusivo colégio particular onde estuda. Como isso foi acontecer? O que sua sensata e inteligente filha de 15 anos poderia ter feito de errado para merecer a punição?
Sua incredulidade, no entanto, vai aos poucos se transformando em pavor ao deparar, no caminho para o colégio, com um carro de bombeiros, uma dúzia de policiais e uma ambulância com as luzes desligadas e portas fechadas.
Amelia está morta.
Aparentemente incapaz de lidar com a suspensão, a garota subiu no telhado e se jogou. O atraso de Kate para chegar a Grace Hall foi tempo suficiente para o suicídio. Pelo menos essa é a versão do colégio e da polícia.
Em choque, Kate tenta compreender por que Amelia decidiu pôr fim à própria vida. Por tantos anos, as duas sempre estiveram unidas para enfrentar qualquer problema. Por que aquele ato impulsivo agora?
Suas convicções sobre a tragédia e a pró­pria filha estão prestes a mudar quan­do, pouco tempo depois do funeral, ela recebe uma mensagem de texto no celular:
Amelia não pulou.
Alternando a história de Kate com registros do blog, e-mails e posts no Fa­cebook da filha, Reconstruindo Amelia é um thriller empolgante que vai surpreender o leitor até a última página.

Reconstruindo Amelia é um thriller dramático da autora Kimberly McCreight, que já tinha aparecido no meu Goodreads muitas vezes mas acabou ficando de lado por tempo, até que me veio uma vontade súbita de ler um livro de mistério e eu decidi dar uma chance para ele, que foi uma ótima escolha.

A obra conta a história de Amelia, uma menina de quinze anos que aparentemente se jogou do prédio de sua escola após levar uma suspensão de três dias. Sua mãe, Kate, uma advogada bem-sucedida e sócia de uma empresa de advocacia, se recusa a aceitar o suicídio e após receber uma mensagem anônima, decide investigar os acontecimentos que levaram Amelia à sua morte.

Os capítulos são alternados entre mãe e filha, no presente e no passado, respectivamente. A narrativa alterna em primeira e terceira pessoa, o que é muito bem aproveitado, já que em primeira pessoa é possível se sentir como Amelia e se colocar em seu lugar, enquanto em terceira pessoa conseguimos ter uma visão melhor da investigação de Kate.

Acredito que o principal questionamento do livro é: o quão bem você conhece as pessoas que ama? Será que mesmo aqueles mais próximos como filhos, marido ou irmãos, são mesmo pessoas de quem você pode alegar saber todos os segredos?

A jornada de Kate pela vida de Amelia é de cortar o coração. Vemos o constante desespero de uma mãe que pensava saber tudo sobre sua filha adolescente, que aparentava ser uma menina dedicada aos estudos, sensata e inteligente. Aos poucos as camadas de Amelia vão se desmanchando e as revelações sobre sua vida são cruéis. Sentimos na pele a dor de ambas conforme coisas piores vão acontecendo na vida da menina.

Bullying, sexualidade, slut shaming e outros assuntos são tratados ao longo da obra, pelo principal ponto de vista de adolescentes privilegiados que, quando entediados, são capazes das maiores atrocidades. É triste e desolador perceber o quão perdida uma geração pode estar, nos dias de hoje. E o quão impotentes muitos pais acabam ficando por não saberem o que acontece por trás das vidas de seus filhos.

Gostei muito da teia de acontecimentos tecida por McCreight, ficamos realmente interessados pelo desenvolvimento da investigação e pela verdade sobre a morte de Amelia. No meio tempo também descobrimos coisas sobre Kate e os paralelos entre sua vida e a vida de sua filha. E estas descobertas contribuíram para que eu ficasse um pouco desanimada, já que não achei muito verossímeis.

O final não foi dos mais surpreendentes pra mim, cheguei a cogitar a resolução apresentada então não fiquei chocada. Existem duas discussões entre personagens mulheres que se resumem a brigar por causa de homem, e acho que já passou da hora de pararmos de perpetuar coisas desse tipo em livros atuais. Um pouquinho de sororidade não faz mal a ninguém, né?

No mais, eu recomendo muito essa leitura e achei o saldo super positivo!

Beijos e até o próximo post :*

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