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Autor: Cecelia Ahern
Editora: Novo Conceito
Páginas: 448
Ano: 2014
Classificação:
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Skoob
Hoje a resenha será tanto do livro quanto do filme. Tô cogitando a criação de uma categoria específica para isso, pois já é meu segundo post nesse formato, mas por enquanto fica sendo “resenha dupla” mesmo.
Simplesmente Acontece é aquela história que você provavelmente já ouviu falar. Dois amigos que crescem juntos e ficam naquela indecisão entre namoro ou amizade. Então, nem adianta dizer que o que me chamou a atenção na obra foi o enredo. Eu assisti ao trailer do filme e por isso me interessei em ler, já que o livro havia sido lançado há pouco tempo. E o que mais gostei após finalizar a leitura foi a narrativa, que é diferente e muito divertida.
É muito difícil ler Simplesmente Acontece sem lembrar nem um pouquinho de Um Dia. Mas as semelhanças não são muitas, já que Alex e Rosie são amigos de infância, enquanto Emma e Dexter se conhecem na faculdade. Além isso, o rumo que essas histórias tomam é bem diferente, a meu ver. E a lição final, também.
Como citei acima, a narrativa é bem diferente: acompanhamos a vida de Alex e Rosie através de cartas, e-mails, conversas em chats, cartões-postais e bilhetes. Então, é como se a história inteira fosse contada através de diálogos, o que é divertido e nos deixa curiosos, já que nem todos os detalhes sobre cada acontecimento são contados. É bacana acompanhar a passagem dos anos também, pois essas “trocas de informação” nem sempre são feitas em um curto espaço de tempo.
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Os personagens são um destaque porque tem uma verossimilhança incrível. Rosie não é a típica protagonista de chick-lit; apesar de insegura, é forte e sabe tomar decisões (mesmo que erradas, às vezes). Alex tem uma personalidade muito identificável, é tímido e carinhoso sem ser chato. Há também os memoráveis: Ruby, Stephanie, Katie, Phill e tantos outros, muito bem construídos por Cecelia Ahern.
No geral, o livro nos apresenta uma história de amor e amizade que tem, ao mesmo tempo, tudo pra dar errado e tudo pra dar certo. E o destino faz o que pode para acertar o caminho do casal protagonista. Por mais que tenhamos aquela certeza do que vai acontecer no fim, eu fiquei um pouco surpreendida, não imaginava que o final fosse ser do jeito que foi. Achei um pouco triste e fofo ♥
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Agora, vamos falar do filme? Assisti recentemente e saí do cinema com a sensação de que a história foi interrompida no meio. Não quero me prolongar muito porque é difícil falar das diferenças de roteiro sem citar spoilers, mas o que posso dizer é: encurtaram a obra original ao máximo e tiraram o que era conveniente para que o filme ficasse clichê, adolescente e engraçadinho. Diga-se de passagem que as cenas de comédia são forçadas e totalmente sem-graça…
O maior (e quase único) acerto do filme foram os protagonistas, que se encaixaram muito bem em seus papéis e tem uma química convincente como casal. Lily Collins está ótima nas cenas que exigem mais de sua atuação e Sam Claffin exagerou um pouco na fofura, mas ok. O restante dos personagens são quase um fiasco comparados aos do livro; distorcidos, inventados, esquecidos… Uma tristeza só.
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Imagens: Stephanie Bertram / Reprodução |
Retiraram partes importantíssimas do livro, o que acho que foi só pelo fato de deixar a história mais “perfeitinha”, sabe? Sem cara de vida real. Quem leu sabe muito bem do que eu to falando. E quem não leu… Bom, eu recomendo o seguinte: se você se interessou pelo livro, leia e depois assista; mas se curtiu o filme pelo elenco e enredo bonitinho, talvez seja melhor apenas assistir e deixar o livro de lado. Sabe por quê? Porque eu acho que este filme só funciona como uma obra isolada, e não como adaptação. Olha, eu já passei da fase de ficar esperneando porque uma adaptação não ficou fiel, mas é que nesse caso as diferenças são absurdas, desde a ambientação (livro: Irlanda - filme: Inglaterra), passando pelos acontecimentos totalmente distorcidos e até mesmo o final, que mesmo sendo igual, ficou totalmente diferente. Não dá pra tirar as mesmas conclusões de obras tão distintas.
Então é isso, pessoal, apesar das divergências gritantes, eu curti o filme e recomendo pra quem gosta de comédias românticas. O livro eu recomendo pra quem curte um drama cheio de reviravoltas e com boas lições (além de humor, é claro). Fiquei muito feliz em ter escolhido este livro pro IDY, me surpreendi por ter curtido tanto um chick-lit, que está longe de ser um gênero que aprecio.
Esta resenha faz parte do Desafio Literário I Dare You (saiba mais clicando aqui).
Tema de Março: Chick-Lit - Mulheres Fortes
Vou ficando por aqui, beijos e até o próximo post!
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