Resenha | Admirável Mundo Novo

quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Imagem: Stephanie Bertram
Autor: Aldous Huxley
Editora: Globo de Bolso
Páginas: 400
Ano: 2009 (7ª reimpressão - 2012)
Classificação: 
Skoob
Sinopse: Ano 634 df (depois de Ford). O Estado científico totalitário zela por todos. Nascidos de proveta, os seres humanos (pré-condicionados) têm comportamentos (pré-estabelecidos) e ocupam lugares (pré-determinados) na sociedade- os alfa no topo da pirâmide, os ípsilons na base. A droga soma é universalmente distribuída em doses convenientes para os usuários. Família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime. Os conceitos de 'pai' e 'mãe' são meramente históricos. Relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais. A promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene, um valor supremo. Não existe paixão nem religião. Mas Bernard Marx tem uma infelicidade doentia- acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, Bernard quer se libertar. Uma visita a um dos poucos remanescentes da Reserva Selvagem, onde a vida antiga, imperfeita, subsiste, pode ser um caminho para curá-lo.
Oi, gente! Hoje venho trazer uma resenha de um livro que li para o Desafio Literário Skoob do mês de setembro (atrasada é pouco!). O tema foi livros banidos e eu tive sorte de ter esse livro encostado aqui na estante por um tempo, que aliás, nem sabia que tinha sido banido. Vem saber o que eu achei deste que é um clássico distópico!

Desde que li Jogos Vorazes, que foi minha primeira distopia, me interessei pelo gênero e decidi ler alguns livros que inspiraram estas obras recentes. Eu estava me preparando para encontrar livros “antiquados” e com linguagem difícil, mas com certeza isso não aconteceu em Admirável Mundo Novo, que tem uma linguagem bem simples, talvez por já ser um livro do século XX.

O enredo é sensacional. Fico imaginando quantas pessoas ficaram chocadas com a audácia de Huxley em abordar tantos assuntos polêmicos em sua obra, algo que descobri mais tarde ser bem comum em suas obras, pois ele sempre foi meio revolts com a sociedade britânica e usou seu “poder” de escritor para dar voz a tudo o que sempre quis criticar.

Algo que gostei bastante foi a ambientação. Mais uma vez, me peguei imaginando como o autor foi considerado um visionário por ter conseguido imaginar tantas máquinas, equipamentos e experimentos científicos. Não cheguei a pesquisar sobre a formação de Huxley, mas não me impressionaria saber que ele estudou alguma área da ciência como física, química ou biologia.

E justamente por todas as engenhocas e avanços científicos contidos na história que muitas vezes achei a leitura maçante, muito técnica. No começo, somos bombardeados com explicações detalhadas sobre o processo de criação de seres humanos em laboratório, e apesar de ser interessante, ficou um tanto quanto longo e chato. Acho que poderia ter sido algo um pouco mais mostrado do que falado, para dar um pouco mais de dinamismo à história.

Outro ponto negativo que tenho para ressaltar é a lentidão da história como um todo. Precisamos ler muito mais da metade do livro pra que comecemos a entender onde o autor quer chegar. E quando ele finalmente chega, parece que nada aconteceu. Estranho, né? Mas foi exatamente o que senti ao ler a última página (que é bem confusa). Ainda não consegui assimilar se aquele final foi feliz ou triste...

No geral, eu recomendo sim a leitura para os fãs de distopias, ficção científica e clássicos, já que é um livro que certamente serviu de referência para diversas obras de YA nos dias de hoje. Não recomendo muito para quem tem princípios mais tradicionais, pois todos os valores que conhecemos na nossa sociedade são completamente distorcidos em Admirável Mundo Novo. Vá preparado para sentir um pouco de constrangimento, pena e até nojo em algumas passagens do livro.

Vou ficando por aqui, espero que tenham curtido a resenha! Não se esqueça de comentar, quero muito saber se você já leu, pretende ler ou curte o gênero distópico. 

Esta resenha faz parte do Desafio Literário Skoob 2015 (saiba mais clicando aqui).
Tema de Setembro: Livros banidos

Beijos e até o próximo post :*


2 comentários:

  1. eu confesso que ainda não terminei o livro e parei justamente na parte sobre a criação de seres humanos em laboratório. mas está nos meus planos de leitura dos próximos meses hahaha gosto muito de distopias também, você já leu 1984 e laranja mecânica? são dois essenciais para quem gosta de realidades alternativas. um que tenho e ainda não li é fahrenheit 451, do ray bradbury. dizem ser muito bom também.

    beijos.
    AP202

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    Respostas
    1. ooi, então, essa parte da criação é bem chatinha né? foi difícil passar dela.

      ainda não li nenhum dos dois, mas assisti ao filme Laranja Mecânica e li outro livro do Orwell, chamado A Revolução dos Bichos (que amei, por sinal). F451 é incríveeellll, gosto muito! uma das melhores distopias que já li :}

      beijosss

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