Resenha | Prince of Thorns

segunda-feira, 13 de março de 2017

Autor: Mark Lawrence
Editora: Darkside
Páginas: 364
Ano: 2013
Classificação:
SinopseTem início a Trilogia dos Espinhos: Ainda criança, o príncipe Honório Jorg Ancrath testemunhou o brutal assassinato da rainha-mãe e de seu irmão caçula, William. Jorg não conseguiu defender sua família, nem fugir do horror. Jogado à sorte num arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. O príncipe dos Espinhos se vê, então, obrigado a amadurecer para saciar o seu desejo de vingança e poder. Vagando pelas estradas do Império Destruído, Jorg Ancrath lidera uma irmandade de assassinos, e sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram.
Sou do tipo que prefere os anti-heróis. Não gosto de protagonistas certinhos que sempre estão inclinados a fazer "o que é certo". Então é claro que quando eu soube que Prince of Thorns tinha um protagonista neste estilo, fiquei super interessada. Uma pena não ter funcionado como eu esperava.

Deixa eu tirar uma coisa do meu peito primeiro: Jorg é nojento. Machista, frio, calculista, um verdadeiro sociopata. Sim, ele sofreu um trauma na infância e isso pode causar danos irreparáveis na personalidade de uma pessoa, mas eu não consigo passar a mão na cabeça de um ser tão abominável quanto ele. Em momento nenhum apoiei ou gostei de suas atitudes, e muitas vezes desejei seu sofrimento para que pagasse pelos seus erros. Sofrer na vida não te dá o direito de agir como um animal.

Apesar do choque e aversão inicial, devo admitir que o universo construído por Mark Lawrence é bem detalhado e nos faz sentir parte da atmosfera densa e sombria que permeia todo o livro. Apesar de parecer medieval, Prince of Thorns na verdade é um livro pós-apocalíptico, onde diversas vezes vemos menções ao "nosso mundo", como citações de escritores e outros artistas do mundo moderno. Pode parecer um pouco confuso no início, mas depois acabamos acostumando.



A jornada de vingança de Jorg é bem turbulenta e por muitas vezes não fez sentido pra mim. Suas atitudes não pareciam almejar o mesmo fim, só depois da metade da história que comecei a entender o todo e os acontecimentos foram se encaixando. A mistura de passado e presente também não foi bem executada, na minha opinião. Jorg soava o mesmo aos 10 e aos 14 anos, e isso é surreal até mesmo para um livro de fantasia.

Prince of Thorns não é pra qualquer pessoa. Acho que os fãs de histórias pesadas que só tem o intuito de chocar vão gostar mais do que aqueles que preferem fantasias com mais aventura e magia (meu caso). Quem não curte uma vibe macabra do tipo incômoda também pode passar bem longe (tem uma cena em que um personagem se recusa a encontrar redenção, de uma maneira bem análoga a Céu e Inferno. É horrível).

Imagens: Stephanie Bertram


Não deve ser surpresa pra ninguém que eu vou sim continuar a trilogia, já que alguns acontecimentos e reviravoltas atiçaram minha curiosidade para o próximo livro. Só espero que o Jorg deixe de ser um garoto com todas as piores características possíveis.

Beijos e até o próximo post!

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