Resenha | Prodigy

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Autora: Marie Lu
Editora: Rocco
Páginas: 303
Ano: 2014

Classificação:
Skoob

Sinopse: Considerada pelo público e pela crítica internacional uma das melhores sagas de distopia já publicadas, a trilogia Legend, da chinesa radicada nos EUA Marie Lu, conquistou leitores de diversas partes do mundo ao acompanhar o romance improvável entre dois jovens de origens distintas numa realidade opressora. Depois de descobrir, no primeiro livro da série, as medidas extremas que o governo da República é capaz de adotar para proteger alguns segredos, no segundo volume da saga, Prodigy, June e Day assumem a tarefa de assassinar o novo líder político da nação. Mas será que este é o melhor caminho de levar a cabo uma revolução e dar voz ao povo da República? 

Leia a resenha de Legend aqui.


Prodigy continua a história do primeiro livro partindo do mesmo ponto onde Legend havia terminado. Day está em péssimas condições e June precisa ajudá-lo além de fazer o possível para manter a si próprios fora do radar da República. Os dois esperam poder contar com a ajuda dos Patriotas para sair da situação difícil em que se encontram, mas é claro que não será tão simples quanto imaginam.

Marie Lu conseguiu manter o mesmo nível de sua escrita neste segundo volume, com agilidade e parágrafos não muito longos. A alternância de narradores também se manteve, sendo útil de verdade apenas do meio para o final da obra. Mas é muito fácil passar pelas páginas, os parágrafos fluem naturalmente e a imersão no mundo criado pela autora é total.

Não senti tanta evolução em Day e June, o que é compreensível já que o período de tempo em que a história se passa é bem curto. As situações em que os protagonistas se veem inseridos exigem bastante responsabilidade de ambos, mas ainda assim suas atitudes são bem previsíveis.

Ainda falando sobre os personagens, não adianta: eu tenho bastante dificuldade de aceitar que Day e June têm apenas quinze anos. Não dá pra comprar que pessoas tão jovens sejam temidas/adoradas/respeitadas por um Governo. Eu até entendo que em um mundo militar como o de Prodigy, adolescentes amadureçam mais cedo por serem treinados como soldados, mas mesmo assim é difícil engolir que uma adolescente possa ser independente o suficiente para morar sozinha, entre outras coisas forçadas. Esse continua sendo meu maior problema com esta trilogia.

Outro problema que tive foi em relação a Anden. O cara é um stalker e possível pedófilo, será que só eu percebi isso? Foi extremamente problemática esta “atração” dele por June. Esta romantização de relacionamentos entre adolescentes e adultos precisa parar.

Queria ter mais coisas para falar, mas acho que Prodigy foi um livro bem morno. Há algumas reviravoltas mas nada muito chocante ou original, muitos momentos tensos e um final que me deixou intrigada, já que Marie Lu criou um problemão para um de seus personagens que pode acarretar em diversos conflitos entre eles. Ano que vem vou ler a conclusão da trilogia e espero que pelo menos se mantenha no mesmo nível.

Beijos e até o próximo post :*

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