Resenha | Uma Tocha na Escuridão

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Autora: Sabaa Tahir
Editora: Verus
Páginas: 434
Ano: 2017
Classificação:


Sinopse: O segundo livro da história épica e eletrizante sobre liberdade, coragem e esperança. Ambientado em um mundo brutal inspirado na Roma Antiga, "Uma Chama Entre as Cinzas" contou a história de Laia, uma escrava lutando por sua família, e Elias, um soldado lutando pela liberdade. Agora, em "Uma Tocha Na Escuridão", ambos estão em fuga, lutando pela vida. Após os eventos da quarta Eliminatória, os soldados marciais saem à caça de Laia e Elias enquanto eles escapam de Serra e partem numa arriscada jornada pelo coração do Império. Laia está determinada a invadir Kauf, a prisão mais segura e perigosa do Império, para salvar seu irmão, cujo conhecimento do aço sérrico é a chave para o futuro dos Eruditos. E Elias está determinado a ficar ao lado dela - mesmo que isso signifique abrir mão da própria liberdade. Mas forças sombrias, tanto humanas quanto sobrenaturais, estão trabalhando contra eles. Elias e Laia terão de lutar a cada passo do caminho se quiserem derrotar seus inimigos: o sanguinário imperador Marcus, a cruel comandante, o sádico diretor de Kauf e, o mais doloroso de todos, Helene - a ex-melhor amiga de Elias e nova Águia de Sangue do Império. A missão de Helene é terrível, porém clara: encontrar o traidor Elias Veturius e a escrava erudita que o ajudou a escapar... e acabar com os dois. Mas como matar alguém que você ama desesperadamente?

Esta resenha pode conter spoilers do primeiro livro. Confira a resenha de Uma Chama Entre as Cinzas aqui.

Uma Chama Entre as Cinzas foi uma das melhores leituras de 2016 pra mim. Teve aventura, fantasia, personagens cativantes e uma ótima construção de mundo. Então eu estava mais do que empolgada para ler essa continuação, que, mesmo tendo começado um pouco lenta, foi ganhando minha simpatia ao longo das páginas e conseguiu manter a qualidade da trilogia.

Em Uma Tocha na Escuridão acompanhamos a jornada de Laia e Elias durante a fuga de Blackcliff e a tentativa de escapar do Império para chegar até a prisão de Kauf, na intenção de resgatar Darin, irmão de Laia. O início da obra é eletrizante, com acontecimentos marcantes logo de cara. Laia e Elias continuam a ter uma boa química e funcionam muito bem como protagonistas, apesar de às vezes terem umas atitudes questionáveis (Laia, estou falando de você, tá?!).



Os pontos de vista ganham uma nova perspectiva, a de Helene. No primeiro livro eu não fui umas das maiores fãs dela, mas criei muita simpatia pela personagem neste volume. Claramente Helene se tornou tão importante como os outros protagonistas e sua evolução é enorme. Fiquei com o coração na mão em diversas situações, Helene é realmente destruída e refeita do zero, e adorei ver como ela conseguiu se manter forte em meio a tanta desgraça.

Como já citei acima, o desenvolvimento é um pouco lento lá pelo meio da história, porque mesmo acompanhando a fuga, ficamos muito tempo em um mesmo cenário, sem nada grandioso acontecer por vários capítulos. Isso me cansou um pouco e me tirou da vibe do livro, tanto que fiquei vários dias sem ler. Felizmente, do meio para o fim a história deu uma ótima guinada e foi tiro, porrada e bomba, tudo de uma vez.

O romance, apesar de não ser o foco, ainda existe e tem bastante destaque neste segundo livro. A geometria amorosa ainda está bem confusa, e apesar de eu saber como gostaria que tudo se resolvesse, acredito que Sabaa Tahir ainda está preparando surpresas neste aspecto para nos deixar ainda mais perdidos.

Por falar em surpresas, encontramos uma boa quantidade em Uma Tocha na Escuridão. A autora deixou a maioria delas para o final mas mesmo assim não achei que ficou corrido. Gostei de saber um pouco mais sobre as origens de alguns personagens, e estou bastante curiosa para entender mais sobre a magia que conhecemos no primeiro volume e voltou a ser citada aqui.



Fiquei satisfeita pois todos os elementos encontrados em Uma Chama Entre as Cinzas ainda estão presentes aqui; os personagens continuam cativantes (apesar de eu ter achado a Comandante bem unidimensional nesse livro) e a construção de mundo permanece impecável. A violência também está bem presente, então prepare seu coração para todas as mortes, pois a autora não é das mais piedosas…

Agora é esperar mais um ano pela sequência e torcer para que a série mantenha a qualidade!

Beijos e até o próximo post :*

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