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Resenha | O fundo é apenas o começo

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Autor: Neal Shusterman
Editora: Valentina
Páginas: 272
Ano: 2018
Classificação:
Skoob

SinopseUma poderosa jornada da mente humana, um mergulho profundo nas águas da doença mental..CADEN BOSCH está a bordo de um navio que ruma ao ponto mais remoto da Terra: Challenger Deep, uma depressão marinha situada a sudoeste da Fossa das Marianas..CADEN BOSCH é um aluno brilhante do ensino médio, cujos amigos estão começando a notar seu comportamento estranho..CADEN BOSCH é designado o artista de plantão do navio, para documentar a viagem com desenhos..CADEN BOSCH finge entrar para a equipe de corrida da escola, mas na verdade passa os dias caminhando quilômetros, absorto em pensamentos..CADEN BOSCH está dividido entre sua lealdade ao capitão e a tentação de se amotinar..CADEN BOSCH está dilacerado..Cativante e poderoso, O Fundo é Apenas o Começo é um romance que permanece muito além da última página, um pungente tour de force de um dos mais admirados autores contemporâneos da ficção jovem adulta.

Eu já li alguns livros YA sobre saúde mental, e posso dizer com absoluta certeza que nenhum mexeu tanto comigo e de uma maneira tão peculiar e especial quanto este. O Fundo é Apenas o Começo, do meu queridinho Neal Shusterman, nos apresenta uma história íntima e intensa sobre um jovem de quinze anos que tenta conviver com uma doença mental.

Esse é aquele tipo de livro em que é melhor se aventurar sem saber muita coisa sobre o enredo. A obra nos apresenta duas histórias paralelas: em uma, vemos o protagonista Caden vivendo uma vida comum de adolescente, porém começando a suspeitar que algo está diferente em sua mente; em outra, acompanhamos Caden em um navio, repleto de tripulantes curiosos e bizarros. Essas histórias podem parecer desconexas, mas aos poucos vão se entrelaçando e se desvendando para o leitor, que vai se vendo cada vez mais envolvido por elas.

Caden é um adolescente comum, que estuda, se diverte com seus amigos e tem bons momentos em família. Inclusive, sua família é um dos pontos que mais se destacam na obra, pois Caden tem uma relação bastante próxima com seus pais e sua irmã mais nova, sem soar perfeita demais. Nos momentos mais delicados da história, a presença da família de Caden é crucial para nos mostrar que nunca devemos enfrentar nossos problemas sozinhos.


A maneira que os transtornos de Caden são tratados é muito sensível e verossímil. Mesmo com todas as metáforas e partes lúdicas, conseguimos perceber com clareza como funciona uma mente perturbada, como tudo começa e se desenvolve e como é importante tratar esses transtornos o quanto antes, com um acompanhamento profissional.

É visível como Shusterman colocou seu coração nesse livro. Ele nos explica como foi o processo de escrita e o quão importante foi a ajuda de profissionais e de uma pessoa em especial – seu filho – para trazer mais veracidade à história. Com certeza, ler o posfácio do autor foi a parte mais marcante e emocionante pra mim. Eu consegui sentir toda a dor e a força dessa história, e compreendi ainda mais a mensagem que a obra quis passar. Foi muito emocionante, e toda vez que eu lembro desse trecho, sinto vontade de chorar.


São inúmeros os motivos que eu teria pra tentar te convencer a ler O Fundo é Apenas o Começo. Mas eu prefiro somente dizer que eu o recomendo muitíssimo e acho que todo mundo deve ler e se emocionar com essa história.

Beijos e até o próximo post!

4 autores conheço pouco mas já amo

segunda-feira, 7 de maio de 2018
Existem autores que conseguem conquistar a gente logo de cara, né? Parece que o santo bate com as palavras e a gente já se torna fã desde a primeira lida. Foi pensando nisso que decidi elaborar esta listinha dos autores que mal conheço, mas já considero pacas (bons tempos de orkut!).

Neal Shusterman. Até o momento só li O Ceifador dele, mas sabe quando você se apaixona pela escrita de um autor? Pois é, com o Neal foi bem assim, de primeira. Ele tem um jeito simples e direto de escrever, que consegue nos prender da primeira à última página. Sem contar as críticas à sociedade, que sei que é uma característica bem presente em seus outros livros. Já estou ansiosa pelo lançamento de A Nuvem e assim que eu receber O Fundo é Apenas o Começo, que comprei na pré-venda, vou passar na frente de todas as outras leituras.

Margaret Atwood. A maior diva da minha vida não poderia ficar de fora dessa lista! Também conheci a escrita dela em 2017 com O Conto da Aia, e esse ano já corri para ler Vulgo Grace, que já está entre as melhores leituras de 2018. Margaret tem uma escrita que atinge o íntimo tanto do personagem quanto do leitor, expondo os segredos mais obscuros da personalidade de cada um. Ela cria mulheres fortes com quem é difícil não se identificar, e as reflexões abordadas em seus livros ficam na nossa memória por muito tempo.

Becky Chambers. Planeta Hostil foi uma experiência muito marcante pra mim, principalmente por ser uma ficção científica escrita por mulher. A autora possui uma sutileza deliciosa e consegue ambientar muito bem as cenas, fazendo com que o leitor se sinta totalmente imerso na leitura. A Darkside já anunciou o lançamento da sequência de Planeta Hostil para 2018 e eu estou empolgadíssima para ler!


Mindy McGinnis. Já li os dois livros dela que foram lançados no Brasil e achei ambos muito bons. Mindy aborda assuntos ligados ao feminismo em suas mais diferentes formas, e consegue mostrar uma versatilidade em sua escrita, que vai do sutil ao “tapa na cara” com muita facilidade. Espero poder ver mais livros seus por aqui e sempre farei o possível para levar as importantes mensagens deles para o maior número de pessoas.


Quais foram os autores que mais te marcaram nos últimos tempos? Comenta aí embaixo!

Beijos e até o próximo post :*

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