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Resenha | The Last Star

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Autor: Rick Yancey
Nível de inglês: Intermediário
Páginas: 388
Ano: 2016
Classificação:
Skoob

Sinopse: We’re here, then we’re gone, and that was true before they came. That’s always been true. The Others didn’t invent death; they just perfected it. Gave death a face to put back in our face, because they knew that was the only way to crush us. It won’t end on any continent or ocean, no mountain or plain, jungle or desert. It will end where it began, where it had been from the beginning, on the battlefield of the last beating human heart.
Master storyteller Rick Yancey invokes triumph, loss, and unrelenting action as the fate of the planet is decided in the conclusion to this epic series.
Leia a resenha de A 5ª Onda aqui.
Leia a resenha de O Mar Infinito aqui.

A trilogia A 5ª Onda começou bem pra mim. O primeiro livro foi empolgante e o segundo conseguiu elevar o nível e se tornar uma excelente sequência. E eu fico até sem palavras para expressar a o tamanho da minha decepção com a conclusão da série, que fiz bem em ler em inglês ao invés de pagar caro pela versão física em português.

The Last Star já começa confuso, com uma narrativa estranha e que se assemelha muito pouco ao o que eu já conhecia dos livros anteriores. Rick Yancey introduz novos personagens e consequentemente, novos pontos de vista, que tornam a confusão ainda maior, logo nos primeiros capítulos do livro.

Como era de se esperar, eu demorei bastante para me envolver com a história e com os personagens. Passei cerca de 30% da obra meio perdida, sem entender aonde o autor queria chegar. Aos poucos as coisas foram se encaixando, mas não o suficiente. Continuei com uma interrogação na minha cabeça conforme fui lendo os capítulos.

O maior problema que tive com este terceiro livro foi a mudança drástica em relação a seus antecessores, principalmente quanto ao enredo e ao objetivo final dos protagonistas (que se for analisar bem, meio que também mudaram). Eu entendo que em uma trilogia ou série às vezes seja necessário ampliar a história ou deixar mais dinâmica, mas no caso de A 5ª Onda tudo muda e no final das contas, não traz nada de positivo que justifique tanta mudança.

Até o momento, The Last Star foi a minha maior decepção e a pior leitura de 2018. O final, que até tenta ser heroico e comovente, soa raso e não conclui efetivamente nada.

Se você está em dúvida se deve ou não começar a trilogia, já deu pra saber o que acho, né? Afinal, a chance de se decepcionar é grande.

Beijos e até o próximo post :*

Resenha | Maré Congelada

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Autora: Morgan Rhodes
Editora: Seguinte
Páginas: 440
Ano: 2016
Classificação:

Sinopse: As disputas pela Tétrade, quatro cristais mágicos capazes de conferir poderes inimagináveis a quem os encontrar, continuam. Amara roubou o cristal da água, Jonas conseguiu o da terra, Felix enganou os rebeldes para ficar com o cristal do ar, e Lucia está com o do fogo. Mas nem todos sabem como ativar a magia da Tétrade, e apenas a princesa feiticeira conquistou poder até agora, aliando-se ao deus do fogo que libertou de seu cristal. Gaius, o Rei Sanguinário, também não desistiu de encontrar os cristais. Ele está mais sedento por poder do que nunca, especialmente agora que não conta mais com a ajuda da imortal Melenia nem com o apoio de Magnus, o herdeiro que o traiu para poupar a vida da princesa Cleo. Para conquistar todo o mundo conhecido, Gaius resolve atravessar o mar gelado até Kraeshia, e tentar um acordo com o imperador perverso de lá. No caminho, o rei vai encontrar muitas dificuldades e inimigos, como Amara, princesa de Kraeshia, que tem seus próprios planos para conquistar o poder.

Leia a resenha de A Queda dos Reinos aqui.
Leia a resenha de A Primavera Rebelde aqui.
Leia a resenha de A Ascensão das Trevas aqui.

Cá estou com mais um volume de A Queda dos Reinos concluído. O que me deixa impressionada com essa série é que na maioria das vezes é bem difícil prever para onde a história vai se encaminhar, e isso me mantém super curiosa para continuar lendo os próximos livros. Mas, mesmo assim, Maré Congelada é vem semelhante ao seu antecessor e acaba me deixando em uma posição difícil, e eu não consigo lembrar de nada muito marcante que me auxilie no desenvolvimento da resenha.

Maré Congelada não é um livro ruim, de jeito nenhum; ele tem todos os elementos que já apareceram em livros anteriores da série e boa parte daquilo que me faz continuar acompanhando a saga de Cleo, Magnus e cia: personagens bem construídos, narrativa envolvente, reviravoltas quando menos se espera e uma ambientação imersiva. Só que em termos de enredo, mais uma vez eu fiquei com a sensação de que nada decisivo aconteceu e meio que me sinto no mesmo ponto em que estava após a leitura de Ascensão das Trevas.

Lucia é a personagem mais difícil (e chata) de acompanhar, confesso que só passei os olhos pela maioria dos capítulos em que o ponto de vista era dela. Por mais que a personagem tenha seu peso e sua importância dentro da história principal, eu ainda a vejo como alguém extremamente sem graça. A forçação de barra é forte com essa aqui.

Como eu já falei no início do texto, tenho pouco pra falar dessa experiência de leitura. Foi um livro morno, com poucas mudanças importantes e que me deixou desinteressada em alguns momentos. Não vou desistir da série porque realmente quero saber como tudo termina, mas espero que as coisas esquentem um pouco mais nos próximos livros.

Beijos e até o próximo post!

Resenha | O Ódio que Você Semeia

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Autora: Angie Thomas
Editora: Galera Record
Páginas: 378
Ano: 2017
Classificação:
Skoob
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Sinopse: Uma história juvenil repleta de choques de realidade. Um livro necessário em tempos tão cruéis e extremos.
Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial.Não faça movimentos bruscos.Deixe sempre as mãos à mostra.Só fale quando te perguntarem algo. Seja obediente.Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto.Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos - no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início.Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa.Angie Thomas, numa narrativa muito dinâmica, divertida, mas ainda assim, direta e firme, fala de racismo de uma forma nova para jovens leitores. Este é um livro que não se pode ignorar.

O Ódio que Você Semeia foi muito comentado em 2017 e considerado por muitos o melhor livro do ano. E eu decidi pegá-lo esse ano devido a uma polêmica recente que houve envolvendo uma empresa de assinatura de livros, que em resumo alegou que livros YA não precisam de concentração para ser compreendidos, pois não trazem reflexões ao leitor. Pois é. Esse livro é um dos maiores exemplos de que muitas vezes esta afirmação é uma completa mentira.

A obra nos apresenta a jornada de Starr, uma menina negra que vive em um bairro negro dos Estados Unidos e presencia o assassinato de um de seus amigos, cometido por um policial branco. Este acontecimento desencadeia uma investigação e Starr se vê em uma situação que vai abrir seus olhos para uma realidade que ela sabia que existia, mas que passa a ter uma importância muito maior do que antes.

O Ódio que Você Semeia é um livro sobre racismo. Não só o racismo da segregação e do ódio, como o próprio nome sugere, mas também o racismo velado e diário, que se esconde nas atitudes mais “inocentes” e que é ignorado por grande parte da sociedade.

Acredito que a experiência de escrita deve ter sido muito íntima para Angie Thomas. No final do livro ela nos explica como teve a ideia de escrevê-lo e fala um pouco sobre as semelhanças entre a história de Starr e a sua própria. E para aqueles que, como eu, não tem muito contato com a cultura e o dia-a-dia de pessoas negras da periferia, foi muito incômodo perceber como a realidade se aproxima tanto da ficção apresentada no livro.

Eu poderia falar muito mais sobre a obra, mas existem diversas resenhas incríveis por aí, que trazem perspectivas mais aprofundadas sobre a importância desse livro não só para a literatura YA como para todas as outras faixas etárias e gêneros.

Leiam esse livro!

Beijos e até o próximo post :*

Resenha | Sometimes I Lie

segunda-feira, 4 de junho de 2018
Autora: Alice Feeney
Nível de inglês: Intermediário
Páginas: 384
Ano: 2017
Classificação:
Skoob
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Sinopse: 'A bold and original voice. I loved this book.’ - Clare Mackintosh
1. I’m in a coma
2. My husband doesn’t love me anymore
3. Sometimes I lie
Unnerving, twisted and utterly compelling, you won’t be able to put this new thriller down. Set to be the most talked about book in 2017, it’s perfect for fans of Behind Closed Doors, The Girl on the Train and The Widow.
Imagine se você estivesse em um “coma consciente”? Conseguindo ouvir e sentir tudo à sua volta? Esta é a situação da protagonista de Sometimes I Lie, o thriller de estreia da autora Alice Feeney. A obra acompanha a vida conturbada de Amber, que após sofrer um acidente, fica em estado de coma sem se lembrar do que a levou até ali. Através de sua semi-consciência, vamos desvendando os segredos e mistérios que envolvem sua família mais próxima.

Eu estava com as expectativas nas alturas para esta leitura. Tinha lido resenhas mega positivas, que falavam o quão surpreendente era essa história e a quantidade de plot twists que ela possuía. Posso confirmar que realmente há muitas reviravoltas, mas grande parte elas não conseguiu causar tanto choque em mim quanto eu esperava.

É difícil falar do desenvolvimento do enredo sem revelar spoilers. O que posso dizer é que a narrativa alterna entre passado - através de um diário de criança -, as semanas que antecedem o acidente e o presente, em 2016. Esta construção de narrativa foi feita com maestria pela autora, que conseguiu ambientar muito bem o passado do diário, que se situa nos anos 90.

Os personagens são bem típicos deste gênero: suspeitos e não muito fáceis de gostar. Ficamos com a pulga atrás da orelha a cada diálogo, sempre achando que alguém tem a ver com o que aconteceu com Amber. As revelações sobre os personagens não são tão incríveis assim, tirando uma que realmente foi bem construída pela autora e me deixou de queixo caído.

Como eu disse no início da resenha, a maioria dos twists não me surpreendeu, e eu acho que quando um livro se apoia quase que exclusivamente nisso, ele deve cumprir com o prometido, e eu achei que foi algo que deixou bem a desejar. O final tem uma sacada legal por ser meio aberto a interpretações, mas pra mim não foi suficiente para transformar a leitura em algo incrível.

De qualquer forma, eu recomendo o livro pra quem procura um thriller cheio de reviravoltas.

Beijos e até o próximo post!

Resenha | Reconstruindo Amelia

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Autora: Kimberly McCreight
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
Ano: 2014
Classificação:
Skoob
Link de compra
 
Sinopse: Kate Baron, uma bem-sucedida advo­gada, está no meio de uma das reuniões mais importantes de sua carreira quando recebe um telefonema. Sua filha, Amelia, foi suspensa por três dias do Grace Hall, o exclusivo colégio particular onde estuda. Como isso foi acontecer? O que sua sensata e inteligente filha de 15 anos poderia ter feito de errado para merecer a punição?
Sua incredulidade, no entanto, vai aos poucos se transformando em pavor ao deparar, no caminho para o colégio, com um carro de bombeiros, uma dúzia de policiais e uma ambulância com as luzes desligadas e portas fechadas.
Amelia está morta.
Aparentemente incapaz de lidar com a suspensão, a garota subiu no telhado e se jogou. O atraso de Kate para chegar a Grace Hall foi tempo suficiente para o suicídio. Pelo menos essa é a versão do colégio e da polícia.
Em choque, Kate tenta compreender por que Amelia decidiu pôr fim à própria vida. Por tantos anos, as duas sempre estiveram unidas para enfrentar qualquer problema. Por que aquele ato impulsivo agora?
Suas convicções sobre a tragédia e a pró­pria filha estão prestes a mudar quan­do, pouco tempo depois do funeral, ela recebe uma mensagem de texto no celular:
Amelia não pulou.
Alternando a história de Kate com registros do blog, e-mails e posts no Fa­cebook da filha, Reconstruindo Amelia é um thriller empolgante que vai surpreender o leitor até a última página.

Reconstruindo Amelia é um thriller dramático da autora Kimberly McCreight, que já tinha aparecido no meu Goodreads muitas vezes mas acabou ficando de lado por tempo, até que me veio uma vontade súbita de ler um livro de mistério e eu decidi dar uma chance para ele, que foi uma ótima escolha.

A obra conta a história de Amelia, uma menina de quinze anos que aparentemente se jogou do prédio de sua escola após levar uma suspensão de três dias. Sua mãe, Kate, uma advogada bem-sucedida e sócia de uma empresa de advocacia, se recusa a aceitar o suicídio e após receber uma mensagem anônima, decide investigar os acontecimentos que levaram Amelia à sua morte.

Os capítulos são alternados entre mãe e filha, no presente e no passado, respectivamente. A narrativa alterna em primeira e terceira pessoa, o que é muito bem aproveitado, já que em primeira pessoa é possível se sentir como Amelia e se colocar em seu lugar, enquanto em terceira pessoa conseguimos ter uma visão melhor da investigação de Kate.

Acredito que o principal questionamento do livro é: o quão bem você conhece as pessoas que ama? Será que mesmo aqueles mais próximos como filhos, marido ou irmãos, são mesmo pessoas de quem você pode alegar saber todos os segredos?

A jornada de Kate pela vida de Amelia é de cortar o coração. Vemos o constante desespero de uma mãe que pensava saber tudo sobre sua filha adolescente, que aparentava ser uma menina dedicada aos estudos, sensata e inteligente. Aos poucos as camadas de Amelia vão se desmanchando e as revelações sobre sua vida são cruéis. Sentimos na pele a dor de ambas conforme coisas piores vão acontecendo na vida da menina.

Bullying, sexualidade, slut shaming e outros assuntos são tratados ao longo da obra, pelo principal ponto de vista de adolescentes privilegiados que, quando entediados, são capazes das maiores atrocidades. É triste e desolador perceber o quão perdida uma geração pode estar, nos dias de hoje. E o quão impotentes muitos pais acabam ficando por não saberem o que acontece por trás das vidas de seus filhos.

Gostei muito da teia de acontecimentos tecida por McCreight, ficamos realmente interessados pelo desenvolvimento da investigação e pela verdade sobre a morte de Amelia. No meio tempo também descobrimos coisas sobre Kate e os paralelos entre sua vida e a vida de sua filha. E estas descobertas contribuíram para que eu ficasse um pouco desanimada, já que não achei muito verossímeis.

O final não foi dos mais surpreendentes pra mim, cheguei a cogitar a resolução apresentada então não fiquei chocada. Existem duas discussões entre personagens mulheres que se resumem a brigar por causa de homem, e acho que já passou da hora de pararmos de perpetuar coisas desse tipo em livros atuais. Um pouquinho de sororidade não faz mal a ninguém, né?

No mais, eu recomendo muito essa leitura e achei o saldo super positivo!

Beijos e até o próximo post :*

Resenha | Sol e Tormenta

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Autora: Leigh Bardugo
Editora: Gutenberg
Páginas: 512
Ano: 2015
Classificação:

Sinopse: Perseguida ao longo do Mar Real e aterrorizada pela memória dos que se foram, Alina Starkov tenta levar uma vida normal com Maly em uma terra desconhecida, enquanto mantém em segredo sua identidade como Conjuradora do Sol. Mas ela não pode ocultar seu passado e nem evitar seu destino por muito mais tempo. Ressurgido de dentro da Dobra das Sombras, o Darkling retorna com um aterrorizante e novo poder e um plano que irá testar todos os limites da natureza.Contando com a ajuda e com os ardis de um admirável e excêntrico corsário, Alina retorna ao país que abandonou, determinada a combater as forças que se reúnem contra Ravka. Mas enquanto seus poderes aumentam, ela se deixa envolver pelas artimanhas do Darkling e sua magia proibida, e se distancia cada vez mais de Maly. Ela será então obrigada a fazer a escolha mais difícil de sua vida: ter sua pátria, seu poder e o amor que ela sempre pensou ser seu porto-seguro ou arriscar perder tudo na tormenta que se aproxima.
Para início de conversa: só estou continuando a leitura da trilogia Grisha por causa de Six of Crows. Sei que muitos dizem que não é essencial ler a primeira para entender a segunda, mas mesmo assim quero terminar a saga de Alina para me aventurar com mais conhecimento pela duologia de Leigh Bardugo.

Sol e Tormenta começa de maneira intensa. Temos diversos acontecimentos interessantes nos primeiros capítulos, com uma promessa de que este será um livro com menos encheção de linguiça e mais desenvolvimento (que não é cumprida). Após o início frenético, temos algumas pequenas revelações e aí o livro cai no marasmo. Nada, eu repito, nada acontece por quase 80% da história. Complicado, né?

Este segundo volume tenta ser o mais político da trilogia, se apoiando em estratégias de guerra e alianças duvidosas para levar a história para frente. O problema é que Alina não convence como uma estrategista, e grande parte de suas atitudes são bastante imaturas. Ela transparece a idade que tem e isso sempre é bem chato de acompanhar, já que soa como uma criança tentando brincar de ser adulto.

Alina e Maly continuam sendo o casal mais insuportável dos últimos tempos. Até Rowan e Aelin (de Trono de Vidro) são mais interessantes do que esses dois. Não tem química, não tem graça, não tem porquê, não tem nada que me faça torcer pelos dois.

No final, Leigh Bardugo joga alguns acontecimentos inesperados para nos manter interessados, mas olha, não foi suficiente para me fazer gostar de verdade da obra. Está muito sofrível continuar, mas pelo menos o próximo livro é o último!

Beijos e até o próximo post!

Resenha | Pequenas Grandes Mentiras

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Autora: Liane Moriarty
Editora: Intrínseca
Páginas: 400
Ano: 201
Classificação:

Sinopse: Depois do sucesso de O segredo do meu marido, a autora australiana Liane Moriarty apresenta um livro ousado sobre as perigosas meias verdade que contamos a nós mesmos para sobreviver.Com muita bebida e pouca comida, o encontro de pais dos alunos da Escola Pirriwee tem tudo para dar errado. Fantasiados de Audrey Hepburn e Elvis, os adultos começam a discutir já no portão de entrada, e, da varanda onde um pequeno grupo se juntou, alguém cai e morre.Quem morreu? Foi acidente? Se foi homicídio, quem matou? Pequenas grandes mentiras conta a história de três mulheres, cada uma delas diante de uma encruzilhada. Madeline é forte e decidida. No segundo casamento, está muito chateada porque a filha do primeiro relacionamento quer morar com o pai e a jovem madrasta. Não bastasse isso, Skye, a filha do ex-marido com a nova mulher, está matriculada no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline. Celeste, mãe dos gêmeos Max e Josh, é uma mulher invejável. É magra, rica e bonita, e seu casamento com Perry parece perfeito demais para ser verdade. Celeste e Madeleine ficam amigas de Jane, a jovem mãe solteira que se mudou para a cidade com o filho, Ziggy, fruto de uma noite malsucedida. Quando Ziggy é acusado de bullying, as opiniões dos pais se dividem. As tensões nos pequenos grupos de mães vão aumentando até o fatídico dia em que alguém cai da varanda da escola e morre. Pais e professores têm impressões frequentemente contraditórias e a verdade fica difícil de ser alcançada. Ao colocar em cena ex-maridos e segundas esposas, mãe e filhas, violência e escândalos familiares, Liane Moriarty escreveu um livro viciante, inteligente e bem-humorado, com observações perspicazes sobre a natureza humana.

Eu já tinha ouvido falar bastante das obras de Liane Moriarty, principalmente de O Segredo do Meu Marido. Mas acabou que a oportunidade (e a vontade) de ler Pequenas Grandes Mentiras apareceu e eu decidi começar por esta que agora é sua obra mais famosa, graças à série Big Little Lies da HBO, que estreou em 2017.

Desde o início da história já sabemos que um crime - mais precisamente, uma morte - aconteceu. Não sabemos quem e nem como ocorreu, mas aos poucos o mistério vai sendo desenrolado e a expectativa vai aumentando para sabermos logo tudo o que se passou na fatídica “Noite de Perguntas”.

Os capítulos são no passado, quase como uma contagem regressiva que vai diminuindo de acordo com o passar dos dias. O começo da história serve para nos situar nas vidas dos personagens principais e nos apresentar aos primeiros dramas da obra (que não são poucos). Adorei o fato de a história se passar em Sidney, em meio a praias e paisagens incríveis. Dá um ótimo contraste com todas as situações complicadas apresentadas no livro.

A narrativa de Pequenas Grandes Mentiras é em terceira pessoa, alternando os pontos de vista principalmente entre Celeste, Jane e Madeline. Gostei das três personagens mas minha favorita foi Madeline. Ela se mostrou uma excelente amiga, esposa e mãe, mesmo sendo um pouco impulsiva às vezes.

A obra aborda três principais assuntos: violência doméstica, abuso sexual e bullying. A forma com que esses temas vão se entrelaçando é muito bem feita e nos mantém curiosos para saber como tudo se resolverá no final, e claro que esse é o maior destaque da obra.

Porém, mesmo com a curiosidade a mil, achei o livro um tanto arrastado. Liane Moriarty passa muito tempo descrevendo dias comuns nas vidas de seus personagens, que muitas vezes soaram bem monótonos e desinteressantes pra mim. Acho que o livro poderia ter facilmente umas 80 páginas a menos, sem perder sua força ou sua mensagem principal.

A revelação final é muito boa. Apesar de eu ter desconfiado de tudo lá pelos 60% do livro, fiquei feliz de ter acontecido como eu imaginei. Passa uma mensagem de sororidade, de apoiar outras mulheres sempre, apesar das diferenças que possamos ter umas com as outras.E também faz refletir sobre a maldade do ser humano; se é algo que se nasce ou se aprende. Eu já sei no que acredito, mas vou deixar o suspense para que você tire sua conclusão sozinho.

Já tive a oportunidade de assistir à série e gostei, apesar das diferenças de roteiro. O final é um pouco diferente no desenvolvimento, mas o resultado é idêntico e a mensagem principal também. Palmas para o elenco super competente e para a produção impecável, com certeza mereceu todos os prêmios que levou!

Beijos e até o próximo post :*

Resenha | My Favourite Manson Girl

terça-feira, 13 de março de 2018

Autora: Alison Umminger
Nível de inglês: Básico / Intermediário
Páginas: 288
Ano: 2016
Classificação:

Skoob
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Sinopse: Anna has had a miserable year. Everything feels wrong with her life. And rather than stay and face the mess, she steals a credit card and books herself a seat on the first flight out of town to Los Angeles, to crash with her sister. But soon after she lands, cold reality soon dawns on her: Hollywood isn't the escape she needs. She is trapped in a town full of lost souls and wannabes, with no friends, no cash and no return ticket.
When she's offered a job researching the murderous Manson girls for a dubious film, she reluctantly accepts - she needs the money. But soon enough, among the fake smiles and glitter-fuelled parties, things turn from strange, to dark, to dangerous...
This is not going to be the summer Anna had in mind.

My Favourite Manson Girl - ou American Girls, na versão americana - é um livro de YA contemporâneo que me encantou pela capa. Logo que bati os olhos na ilustração de óculos e na menção do nome “Manson”, fiquei super interessada pelo que iria encontrar pela frente.

Não sei se foi por ter lido a sinopse já há algum tempo, mas confesso que tinha esquecido sobre o que o livro tratava. Coloquei na cabeça que era sobre uma menina que entrava em uma seita semelhante à Família Manson, mas já adianto pra vocês que não é nada disso. My Favourite Manson Girl é um coming of age sobre uma adolescente que está tentando se entender e entender seu lugar no mundo, enquanto traça paralelos entre sua vida e as vidas de algumas das chamadas Manson girls.

Anna, a protagonista desta história, é uma típica garota de quinze anos. Tem problemas com os pais, reclama da vida e se sente incompreendida pela maioria das pessoas à sua volta. Então ela decide roubar o cartão de crédito da companheira de sua mãe, comprar uma passagem para Los Angeles e passar o verão com sua irmã, que é uma atriz em início de carreira. Já em LA, ela se depara com a oportunidade de pesquisar sobre o caso Tate-LaBianca e sobre Charles Manson e sua Família, a seita criada por ele. Apesar de parecer uma premissa um pouco obscura, My Favourite Manson Girl é uma leitura bem leve. A escrita é fluida e gostosa de acompanhar, e o ritmo é tranquilo daquele jeito que só histórias de verão conseguem ser.

O livro é bem equilibrado no tom, mas muitas vezes tive que parar um pouco a leitura para respirar, já que Anna nos fala bastante sobre os crimes e seus detalhes. Além do choque, a tristeza que sentimos ao ler o que as vítimas passaram é enorme. Felizmente a autora consegue contrabalançar muito bem a vida da protagonista e dos outros personagens, que mesmo passando por problemas, nem se compara ao que aconteceu com Sharon Tate e as outras vítimas dos crimes.

Gostei muito da representação de Los Angeles, que acaba se tornando mais do que um ambiente e passa a ser um personagem da história. Mesmo sendo mostrada como uma cidade de sonhos, a autora também expõe o lado deprimente e desmotivador de LA, que muitas vezes é escondido pelas lindas palmeiras e praias paradisíacas.

Como um bom coming of age, My Favourite Manson Girl aborda temas como família e autoconhecimento, trazendo boas passagens que nos fazem refletir sobre as semelhanças com nossas próprias vidas. Tem um leve toque de romance, mas que não ficou forçado e me agradou.

Após finalizar a obra, fiquei ainda mais interessada pelo livro Helter Skelter, que já tenho em e-book mas venho adiando a leitura há algum tempo devido ao seu tamanho. Sei que a leitura não será fácil, mas como o assunto me interessa muito, devo conseguir ler numa boa (ou quase).

Recomendo a leitura para quem procura um YA leve sem ser bobo, e para quem tem interesse em ter um primeiro contato com a história de Charles Manson e sua Família.

Beijos e até o próximo post :*



Resenha | Estamos Bem

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Autor: Nina LaCour
Editora: Plataforma21
Páginas: 224
Ano: 2017
Classificação:

SinopseMarin deixou tudo para trás. A casa de seu avô, o sol da Califórnia, o corpo de Mabel e o último verão agora são fantasmas que ela não quer revisitar. O retrato de uma história em que já não se reconhece mais. Ninguém nunca soube o motivo de sua partida. Nada se sabe sobre a verdade devastadora que destruiu sua vida. 
Agora, ela vive em um alojamento vazio e está sozinha no inverno de Nova York. Marin está à espera da visita de sua melhor amiga e do inevitável confronto com o passado. As palavras que nunca foram ditas finalmente se farão presentes para tirá-la das profundezas de sua solidão.

Estamos Bem, de Nina LaCour, é pura e simplesmente um livro sobre solidão. Aquela sensação que todos nós conhecemos e nem sempre gostamos, mas que por muitas vezes é necessária em momentos específicos de nossas vidas.

Marin é uma garota que terminou o ensino médio recentemente e acabou de perder seu avô. Sua mãe também faleceu quando ela era pequena, portanto esta perda recente faz com que ela se sinta sem nenhuma família. Por isso ela decide ir para faculdade alguns meses antes do previsto e, após este período, acaba se isolando no alojamento ao final do primeiro semestre letivo, já que teoricamente não há ninguém para quem ela possa retornar nas festas de fim de ano. A obra aborda os três dias em que Marin recebe a visita de sua melhor amiga no alojamento para tentarem resolver suas pendências pessoais e emocionais. Tudo isso enquanto a própria Marin lida com seu luto e sua sexualidade ainda mal compreendida.

A narrativa e Nina LaCour nos leva pelo passado da protagonista, em seu último verão com seu avô e seus amigos antes da faculdade começar. Os capítulos alternam entre presente e passado, nos mostrando o contraste da vida de Marin e como tudo era simples e feliz antes de seu avô falecer. O presente é repleto de melancolia e claro, solidão. Sentimos o peso de se estar completamente sozinho, em uma vida bem diferente daquela que se conhecia.

Apesar de curta, a história de Estamos Bem é profunda e nos traz muitas reflexões sobre o autoconhecimento e como precisamos da solidão para o alcançarmos. Marin tem um fluxo de pensamentos constante sobre sua situação atual e sobre quem ela é e quem poderá ser daqui pra frente, e o encontro com Mabel só a faz sentir ainda mais melancólica e até mais sozinha. Conseguimos ver com a clareza a profundidade da relação das duas e a ligação forte que ainda possuem, mesmo após ficarem tantos meses separadas.

Apesar de não concordar com boa parte das atitudes de Marin, principalmente em relação a Mabel, eu consegui sentir empatia por ela. Às vezes precisamos nos afastar de quem amamos para podermos nos compreender melhor e conseguir encontrar nosso lugar e nosso papel no mundo, e pra mim, foi isso que Marin fez.

A relação de Marin com o avô é mostrada de maneira delicada, e é difícil não sentir um carinho especial por um velhinho tão fofo. Só não gostei muito de uma coisa: Marin parece cobrar muito dele e dar muito pouco em troca. E acho que isso pesa bastante no resultado final e na culpa que ela sente após o falecimento do avô. Apesar de essa cobrança dela não ser algo distante da realidade, gostaria que a relação deles tivesse sido mais próxima e mais recíproca. Teria me feito sentir mais o luto da personagem.

No geral, é uma leitura fácil e bem fluida, que em nenhum momento me deixou entediada, por mais que nada “grandioso” aconteça. Não há revelações inesperadas ou plot twists, nenhum momento em que esperamos por um clímax. Mas mesmo assim, no final de tudo, sentimos que acompanhamos algo maior e mais esclarecedor do que o que esperávamos.

Beijos e até o próximo post!

Resenha | Lembra Aquela Vez

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Autor: Adam Silvera
Editora: Rocco
Páginas: 336
Ano: 2017
Classificação:
Skoob
Link para compra

SinopseFinalista na categoria romance juvenil do Prêmio Lambda, o mais tradicional do segmento de literatura LGBT do mundo, e celebrado por veículos como The New York Times (“lindo romance de estreia”) e Chicago Tribune (“comovente”), entre outros, Lembra aquela vez conta a história de um garoto do Bronx (re)descobrindo sua sexualidade. 
Aos 16 anos, Aaron carrega no pulso uma cicatriz que registra a dor pelo suicídio do pai, mas, com o apoio da mãe e da namorada, Genevieve, está determinado a seguir em frente. Quando a garota viaja para um acampamento, porém, Aaron se aproxima de Thomas, e acaba encontrando nele mais do que um melhor amigo. Confuso, Aaron considera recorrer ao LETEO, um instituto que realiza procedimentos científicos para apagar memórias indesejáveis, na tentativa de esquecer lembranças ruins e, principalmente, quem ele é. Mas será possível encontrar a felicidade fugindo de si mesmo? Com uma narrativa pungente e sincera, Adam Silvera fala sobre bullying, homofobia, medo, incertezas, ética, amizade, amor, aceitação e a procura pela felicidade.
Lembra Aquela Vez é o livro de estreia do autor Adam Silvera e foi lançado no Brasil em 2017 pela editora Rocco. Eu já tinha ouvido falar sobre o quão impactante a história era, mas por algum motivo esperava que o clima fosse um pouco mais positivo, o que definitivamente não é o caso. Prepare seus lencinhos quando for embarcar nesta leitura.

Aaron é um garoto relativamente comum de uma vizinhança periférica no Brooklyn, que possui amigos e uma família que está se restabelecendo após a morte de seu patriarca. O ponto de partida da história é sobre como Aaron está lidando com suas lutas internas e a perda recente de seu pai, tentando encontrar uma maneira de ser feliz novamente. Sua namorada faz o que pode, mas ele só começa a encontrar sentido na vida novamente quando faz um novo amigo, Thomas, e as coisas começam a tomar rumos inesperados.

Não posso falar mais do que isso, apesar de achar que a sinopse já entrega mais do que deveria (e estragou um pouco da experiência de leitura pra mim). A obra tem um toque de ficção científica e lembra um pouco o filme Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, principalmente pela vibe melancólica do protagonista.

No começo, Lembra Aquela Vez não estava me cativando nem um pouco. Eu estava achando uma história simplória e chata, com acontecimentos muito banais e pouco interessantes. Aos poucos, fui imaginando para onde a história iria, e conforme fui chegando ao que parecia ser o grande clímax da história, pude descobrir boa parte do mistério, então mesmo com as reviravoltas, ainda não me senti tão surpresa.

O livro aborda temas extremamente relevantes com muita responsabilidade, dentre eles o preconceito, a violência, depressão e bullying. A importância da família e dos amigos também tem bastante destaque, mesmo quando tratados em uma perspectiva mais pessimista.

Lembra Aquela Vez deve ser lido com cautela por pessoas que possuem problemas com depressão e suicídio; o livro não aprofunda muito sobre estes assuntos, mas fala de maneira que pode ser gatilho para algumas pessoas.

Foi uma leitura proveitosa, mas que me surpreendeu muito pouco; acho que o autor poderia ter mudado um pouco certos acontecimentos para que fossem mais impactantes. De qualquer forma, eu super recomendo principalmente por ser um livro com diversidade e que dá vários tapas em seus leitores, mostrando de maneira crua como a orientação sexual nunca deve ser tratada como uma escolha.

Beijos e até o próximo post :*

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