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Resenha | Maré Congelada

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Autora: Morgan Rhodes
Editora: Seguinte
Páginas: 440
Ano: 2016
Classificação:

Sinopse: As disputas pela Tétrade, quatro cristais mágicos capazes de conferir poderes inimagináveis a quem os encontrar, continuam. Amara roubou o cristal da água, Jonas conseguiu o da terra, Felix enganou os rebeldes para ficar com o cristal do ar, e Lucia está com o do fogo. Mas nem todos sabem como ativar a magia da Tétrade, e apenas a princesa feiticeira conquistou poder até agora, aliando-se ao deus do fogo que libertou de seu cristal. Gaius, o Rei Sanguinário, também não desistiu de encontrar os cristais. Ele está mais sedento por poder do que nunca, especialmente agora que não conta mais com a ajuda da imortal Melenia nem com o apoio de Magnus, o herdeiro que o traiu para poupar a vida da princesa Cleo. Para conquistar todo o mundo conhecido, Gaius resolve atravessar o mar gelado até Kraeshia, e tentar um acordo com o imperador perverso de lá. No caminho, o rei vai encontrar muitas dificuldades e inimigos, como Amara, princesa de Kraeshia, que tem seus próprios planos para conquistar o poder.

Leia a resenha de A Queda dos Reinos aqui.
Leia a resenha de A Primavera Rebelde aqui.
Leia a resenha de A Ascensão das Trevas aqui.

Cá estou com mais um volume de A Queda dos Reinos concluído. O que me deixa impressionada com essa série é que na maioria das vezes é bem difícil prever para onde a história vai se encaminhar, e isso me mantém super curiosa para continuar lendo os próximos livros. Mas, mesmo assim, Maré Congelada é vem semelhante ao seu antecessor e acaba me deixando em uma posição difícil, e eu não consigo lembrar de nada muito marcante que me auxilie no desenvolvimento da resenha.

Maré Congelada não é um livro ruim, de jeito nenhum; ele tem todos os elementos que já apareceram em livros anteriores da série e boa parte daquilo que me faz continuar acompanhando a saga de Cleo, Magnus e cia: personagens bem construídos, narrativa envolvente, reviravoltas quando menos se espera e uma ambientação imersiva. Só que em termos de enredo, mais uma vez eu fiquei com a sensação de que nada decisivo aconteceu e meio que me sinto no mesmo ponto em que estava após a leitura de Ascensão das Trevas.

Lucia é a personagem mais difícil (e chata) de acompanhar, confesso que só passei os olhos pela maioria dos capítulos em que o ponto de vista era dela. Por mais que a personagem tenha seu peso e sua importância dentro da história principal, eu ainda a vejo como alguém extremamente sem graça. A forçação de barra é forte com essa aqui.

Como eu já falei no início do texto, tenho pouco pra falar dessa experiência de leitura. Foi um livro morno, com poucas mudanças importantes e que me deixou desinteressada em alguns momentos. Não vou desistir da série porque realmente quero saber como tudo termina, mas espero que as coisas esquentem um pouco mais nos próximos livros.

Beijos e até o próximo post!

Resenha | Sometimes I Lie

segunda-feira, 4 de junho de 2018
Autora: Alice Feeney
Nível de inglês: Intermediário
Páginas: 384
Ano: 2017
Classificação:
Skoob
Link de compra

Sinopse: 'A bold and original voice. I loved this book.’ - Clare Mackintosh
1. I’m in a coma
2. My husband doesn’t love me anymore
3. Sometimes I lie
Unnerving, twisted and utterly compelling, you won’t be able to put this new thriller down. Set to be the most talked about book in 2017, it’s perfect for fans of Behind Closed Doors, The Girl on the Train and The Widow.
Imagine se você estivesse em um “coma consciente”? Conseguindo ouvir e sentir tudo à sua volta? Esta é a situação da protagonista de Sometimes I Lie, o thriller de estreia da autora Alice Feeney. A obra acompanha a vida conturbada de Amber, que após sofrer um acidente, fica em estado de coma sem se lembrar do que a levou até ali. Através de sua semi-consciência, vamos desvendando os segredos e mistérios que envolvem sua família mais próxima.

Eu estava com as expectativas nas alturas para esta leitura. Tinha lido resenhas mega positivas, que falavam o quão surpreendente era essa história e a quantidade de plot twists que ela possuía. Posso confirmar que realmente há muitas reviravoltas, mas grande parte elas não conseguiu causar tanto choque em mim quanto eu esperava.

É difícil falar do desenvolvimento do enredo sem revelar spoilers. O que posso dizer é que a narrativa alterna entre passado - através de um diário de criança -, as semanas que antecedem o acidente e o presente, em 2016. Esta construção de narrativa foi feita com maestria pela autora, que conseguiu ambientar muito bem o passado do diário, que se situa nos anos 90.

Os personagens são bem típicos deste gênero: suspeitos e não muito fáceis de gostar. Ficamos com a pulga atrás da orelha a cada diálogo, sempre achando que alguém tem a ver com o que aconteceu com Amber. As revelações sobre os personagens não são tão incríveis assim, tirando uma que realmente foi bem construída pela autora e me deixou de queixo caído.

Como eu disse no início da resenha, a maioria dos twists não me surpreendeu, e eu acho que quando um livro se apoia quase que exclusivamente nisso, ele deve cumprir com o prometido, e eu achei que foi algo que deixou bem a desejar. O final tem uma sacada legal por ser meio aberto a interpretações, mas pra mim não foi suficiente para transformar a leitura em algo incrível.

De qualquer forma, eu recomendo o livro pra quem procura um thriller cheio de reviravoltas.

Beijos e até o próximo post!

Resenha | Prodigy

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Autora: Marie Lu
Editora: Rocco
Páginas: 303
Ano: 2014

Classificação:
Skoob

Sinopse: Considerada pelo público e pela crítica internacional uma das melhores sagas de distopia já publicadas, a trilogia Legend, da chinesa radicada nos EUA Marie Lu, conquistou leitores de diversas partes do mundo ao acompanhar o romance improvável entre dois jovens de origens distintas numa realidade opressora. Depois de descobrir, no primeiro livro da série, as medidas extremas que o governo da República é capaz de adotar para proteger alguns segredos, no segundo volume da saga, Prodigy, June e Day assumem a tarefa de assassinar o novo líder político da nação. Mas será que este é o melhor caminho de levar a cabo uma revolução e dar voz ao povo da República? 

Leia a resenha de Legend aqui.


Prodigy continua a história do primeiro livro partindo do mesmo ponto onde Legend havia terminado. Day está em péssimas condições e June precisa ajudá-lo além de fazer o possível para manter a si próprios fora do radar da República. Os dois esperam poder contar com a ajuda dos Patriotas para sair da situação difícil em que se encontram, mas é claro que não será tão simples quanto imaginam.

Marie Lu conseguiu manter o mesmo nível de sua escrita neste segundo volume, com agilidade e parágrafos não muito longos. A alternância de narradores também se manteve, sendo útil de verdade apenas do meio para o final da obra. Mas é muito fácil passar pelas páginas, os parágrafos fluem naturalmente e a imersão no mundo criado pela autora é total.

Não senti tanta evolução em Day e June, o que é compreensível já que o período de tempo em que a história se passa é bem curto. As situações em que os protagonistas se veem inseridos exigem bastante responsabilidade de ambos, mas ainda assim suas atitudes são bem previsíveis.

Ainda falando sobre os personagens, não adianta: eu tenho bastante dificuldade de aceitar que Day e June têm apenas quinze anos. Não dá pra comprar que pessoas tão jovens sejam temidas/adoradas/respeitadas por um Governo. Eu até entendo que em um mundo militar como o de Prodigy, adolescentes amadureçam mais cedo por serem treinados como soldados, mas mesmo assim é difícil engolir que uma adolescente possa ser independente o suficiente para morar sozinha, entre outras coisas forçadas. Esse continua sendo meu maior problema com esta trilogia.

Outro problema que tive foi em relação a Anden. O cara é um stalker e possível pedófilo, será que só eu percebi isso? Foi extremamente problemática esta “atração” dele por June. Esta romantização de relacionamentos entre adolescentes e adultos precisa parar.

Queria ter mais coisas para falar, mas acho que Prodigy foi um livro bem morno. Há algumas reviravoltas mas nada muito chocante ou original, muitos momentos tensos e um final que me deixou intrigada, já que Marie Lu criou um problemão para um de seus personagens que pode acarretar em diversos conflitos entre eles. Ano que vem vou ler a conclusão da trilogia e espero que pelo menos se mantenha no mesmo nível.

Beijos e até o próximo post :*

Resenha | O Presente do Meu Grande Amor

quinta-feira, 2 de março de 2017
Autor: Vários autores (organização por Stephanie Perkins)
Editora: Intrínseca
Páginas: 352
Ano: 2014
Classificação:

Skoob


Sinopse: Se você gosta do clima de fim de ano e tudo o que ele envolve, presentes, árvores enfeitadas, luzes pisca-pisca, beijo à meia-noite, vai se apaixonar pelo livro. Nestas doze histórias escritas por alguns dos mais populares autores da atualidade, há um pouco de tudo, não importa se você comemora o Natal, o Ano Novo, o Chanucá ou o solstício de inverno. Casais de formam, famílias se reencontram, seres mágicos surgem e desejos impossíveis se realizam. O pessimismo não tem lugar neste livro, afinal o Natal é época de esperança. 
Eu dificilmente leio livros de contos, principalmente se forem de autores diferentes. Talvez seja o medo de não me identificar com tantas escritas diferentes e personagens, mas costumo passar longe desse tipo de leitura. Mas como o desafio do IDY de dezembro consistia em ler algo que se passasse no Natal, decidi pegar O Presente do Meu Grande Amor para ver se o espírito natalino realmente permeava as histórias.

Infelizmente, o que encontrei foi bem decepcionante. O livro começa bem, com um conto de Rainbow Rowell super gostosinho de ler, mas vai perdendo forças ao longo das pequenas histórias que apresenta. Alguns contos parecem inacabados e deixam grandes incógnitas, e por mais que eu saiba que é algo natural para histórias curtas, aqui a repetição de enredos mornos se torna bem cansativa em um ponto da leitura. Em alguns momentos eu nem sentia que o conto se passava no Natal, por exemplo. Parecia apenas uma história boba e rasa, sem nada a acrescentar.

Classificação dos contos, separadamente:

- Meias-noites, de Rainbow Rowell: 4/5
- A dama e a raposa, de Kelly Link: 1/5
- Anjos na neve, de Matt de la Peña: 3,5/5
- Encontre-me na Estrela do Norte, de Jenny Han: 3/5
- É um milagre de Yule, Charlie Brown, de Stephanie Perkins: 3,5/5
- Papai Noel por um dia, de David Levithan: 3/5
- Krampuslauf, de Holly Black: 2,5/5
- Que diabo você fez, Sophie Roth?, de Gayle Forman: 3/5
- Baldes de cerveja e menino Jesus, de Myra McEntire: 2,5/5
- Bem-vindo a Christmas, Califórnia, de Kiersten White: 4/5
- Estrela de Belém, de Ally Carter: 2/5
- A garota que despertou o sonhador, de Laini Taylor: 3,5/5

Como dá pra ver, minhas classificações foram bem medianas. Recomendo esta leitura pra quem já conhece a maioria dos autores e gosta bastante de realismo mágico, que é algo que quase todos os contos possuem. Se for ler apenas por curiosidade, é possível que você se decepcione tanto quanto eu.

Esta resenha faz parte do Desafio Literário I Dare You 2.0 (saiba mais clicando aqui).
Tema escolhido para Dezembro: Que se passe no Natal

E assim eu encerro minha participação no IDY e também em outros desafios anuais. Foi bacana mas percebi que pra mim o melhor é fazer maratonas curtas e desafio mensais.

 Beijos e até o próximo post :*

Resenha | O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016


Autor: Ransom Riggs
Páginas: 336
Ano: 2015
Editora: Leya
Classificação: 
Skoob
Sinopse: Milhões de cópias vendidas em todo o mundo! Traduzido para mais de 40 idiomas! Eleito uma das 100 obras mais importantes da literatura jovem de todos os tempos Tudo está à espera para ser descoberto em "O orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares", um romance que tenta misturar ficção e fotografia. A história começa com uma tragédia familiar que lança Jacob, um rapaz de 16 anos, em uma jornada até uma ilha remota na costa do País de Gales, onde descobre as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares. Enquanto Jacob explora os quartos e corredores abandonados, fica claro que as crianças do orfanato são muito mais do que simplesmente peculiares. Elas podem ter sido perigosas e confinadas na ilha deserta por um bom motivo. E, de algum modo - por mais impossível que possa parecer - ainda podem estar vivas.
Um fato trágico, uma história de perda que se passa na guerra, a descoberta de um mundo mágico repleto de segredos e magia. Teoricamente, a junção desses elementos não poderia dar errado, mas na prática, a história de Ransom Riggs não conseguiu me convencer muito.

A capa de Srta Peregrine chama a atenção por sua beleza e - com o perdão do trocadilho - peculiaridade, além de passar uma sensação de que algo sombrio se encontra dentro das páginas da obra. E no início pode até ser que o tom dado por Riggs seja um pouco mais pesado, já que os acontecimentos iniciais não são os mais felizes, mas durante o desenvolvimento do enredo, não há nada de muito aterrorizante e a história se desenrola de maneira bem semelhante a outros YA fantásticos por aí.

A primeira metade do livro é bem lenta. Tive muita dificuldade na leitura porque toda vez que tentava ler mais do que um capítulo, acabava dormindo. Achei a narrativa de Riggs sem muito aprofundamento, descrevendo de maneira rasa os cenários e fazendo com que eu me sentisse distante do que estava acontecendo.



Quando finalmente conhecemos o orfanato, ainda senti a escrita arrastada; os personagens não são os mais desenvolvidos e intrigantes, me importei apenas com Millard e a própria Srta. Peregrine. O restante achei meio sem-graça. Até os poderes são estranhos, sei que Riggs teve que cria-los com base nas fotografias, mas mesmo assim poderia te-los deixado mais complexos!

O romance, pra variar, é bem desnecessário. Ponto positivo por não ser alguma figura geométrica com diversas pessoas envolvidas, mas vários pontos negativos por ser um romance sem química e sem motivo (além de ser meio bizarro).

A sequência final é tão confusa que fica até difícil dizer se gostei ou não, apesar de trazer um pouco mais de ação para a história, achei que não ficou bem explicada. Não entendi a motivação dos vilões e isso me deixou ainda mais desanimada, porque se tem uma coisa que detesto são vilões unidimensionais.



É um livro ruim? Não, só mal desenvolvido. As fotos realmente enriquecem muito a obra, e a edição da Leya está bem bonita. Aparentemente, o segundo volume se aprofunda um pouco mais, então acredito que posso acabar curtindo bem mais do que esse primeiro.

E você, já leu? Quer ler? Conta pra mim nos comentários!

Beijos e até o próximo post :*

Resenha | Rainha das Sombras

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Autor: Sarah J. Maas
Editora: Galera Record
Páginas: 644
Ano: 2016
Classificação:
Sinopse: Todos que Celaena Sardothien amou lhe foram tirados. Mas finalmente chegou a hora da retribuição. A vingança promete ser tão dura quanto o aço da Espada de Orynth — a espada de seu pai. Finalmente Celaena retornou ao império; por justiça, para resgatar seu reino e confrontar as sombras do passado.A assassina está morta. Ela abraçou a identidade de Aelin Galathynius, rainha de Terrasen. Mas antes de reclamar o trono, precisa lutar. E ela vai lutar. Por seu primo, a Puta de Adarlan, o general do Norte... um guerreiro preparado para morrer por sua soberana; por seu amigo Dorian, um príncipe preso em uma inimaginável prisão; por seu povo, escravizado por um rei cruel e à espera do retorno triunfante de sua líder; por seu carranam e a libertação da magia.Ao avançar em seu plano, no entanto, Aelin precisa tomar cuidado com velhos inimigos. E abrir o coração para novos e improváveis aliados. Tudo isso enquanto os valg continuam trabalhando nas sombras. E Manon Bico Negro, a Líder Alada das Treze, treina suas bestas voadoras. Mas é de Morath, a fortaleza montanhosa do Duque de Perrington, que uma ameaça como nenhuma outra promete destroçar seu grupo de rebeldes e sua corte recém-formada. 
Leia a resenha de Trono de Vidro aqui.
Leia a resenha de Coroa da Meia-Noite aqui.
Leia a resenha de Herdeira do Fogo aqui.

(Nem preciso dizer que esta resenha contém spoilers dos livros anteriores, né?)

Essa vai ser de longe a resenha mais difícil de escrever em 2016. Por isso já peço desculpas se esse texto parecer mais um apanhado de aleatoriedades do que uma resenha propriamente dita; é muito complicado expressar de forma coerente todos os meus sentimentos em relação a esse quarto livro de uma série que estava a um passo de entrar pra lista de favoritos, mas falhou miseravelmente.

Em Rainha das Sombras, iniciamos a leitura acompanhando o retorno de Aelin (que cada vez mais vai deixando de ser Celaena) a Forte da Fenda, com intuito de resgatar seu primo Aedion das garras do rei de Adarlan. Aos poucos esse enredo vai se ampliando e se tornando maior, algo já conhecido pelos leitores da série. Até a metade do livro eu bocejei muito, porque nada de interessante parecia acontecer, e confesso que estou me cansando muito disso. A cada livro as páginas só aumentam e o desenvolvimento da história fica cada vez mais raso.



Alguns personagens já conhecidos estão de volta, como Chaol (amorzinho da vida), Lysandra e Rowan. Manon também tem sua importância com o plot das bruxas e somos apresentados a mais personagens novos, que em alguns momentos tiveram valor, mas na maioria deles soaram pra mim apenas como um artifício para encher linguiça e tentar deixar a história mais complexa (sem muito êxito, aliás).

E por falar em personagens, que belo papelão a SJM fez com os seus, hein? Descaracterizou completamente a maioria deles, distorcendo seus traços mais marcantes apenas porque ela pode fazer isso. Acho que tem alguém sofrendo de megalomania...

Pra vocês entenderem melhor, aqui estão alguns exemplos dos pensamentos que tive ao longo da leitura:

- Meu Deus, como a Aelin é chata.
- Chata é pouco. Insuportável é melhor.
- Alguém dá um tapa nessa garota, plmdds!
- Chaol teamocasacomigo
- Peraí, o que fizeram com você? Não to reconhecendo esse Chaol, não.
- Ai Rowan, apenas morra.
- DESDE QUANDO A AELIN MORRE DE AMORES POR ESSA PESTE DESSE ROWAN?
- DESDE QUANDO CHAOL E AELIN SENTEM ÓDIO MORTAL UM PELO OUTRO?
- Acho que tem um livro entre Herdeira do Fogo e Rainha das Sombras que eu não li, não é possível.
- Quem são essas pessoas? Devolvam os meu personagens queridos!
- Ok, a Lysandra é bem legal. 
- Aelin sendo sedutora e andando sem calcinha por aí: qual a necessidade disso?????
- DORIAN !!!
- CHAOL !!!!!!!!
- Muita sacanagem isso aí.
- To tão irritada que nem sei mais o que pensar.

...entre outras coisas.

Desculpem se nada fez sentido, mas é que estou realmente decepcionada com a capacidade da SJM de destruir uma história tão boa, que tinha tanto potencial. É claro que como autora ela pode fazer o que quiser, mas precisava deixar isso tão claro, manipulando seus personagens de maneira tão covarde só pelo seu bel-prazer? E eu nem to falando apenas do ship. Estou falando de tudo, até porque o que me atraiu na série não foi nem de longe o romance. Foi a verossimilhança dos personagens, que não existe mais.



Não me sinto mais ligada a ninguém. E durante toda a leitura eu tentei encontrar uma conexão entre esses personagens com os que eu conheci em Trono de Vidro e Coroa da Meia-Noite. E é claro que não consegui.

Muitos abandonaram esta leitura e consequentemente, a série; eu não farei isso apenas por todo o tempo investido e quão apegada fiquei a esse mundo. Sei que ainda corro o risco de passar muita raiva, tanto que não pretendo ler o próximo livro tão cedo. Vou ler resenhas antes, provavelmente com spoilers, para saber onde vou me meter.

Então, é isso. Personagens destruídos e um enredo que parece fugir completamente de tudo o que havia sido pensado até então. Se Rainha das Sombras fosse um livro único ou o início de uma série, funcionaria perfeitamente bem; o problema é que ele destoa completamente dos outros livros da série e faz com que nos perguntemos o motivo de tanta mudança. E eu nem sei se quero saber a resposta.

Imagens: Stephanie Bertram


Quem aí já leu? Pretende continuar a série ou se decepcionou também? Conta aí nos comentários!

Beijos e até o próximo post :*



Resenha | The Kiss of Deception

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Autor: Mary E. Pearson
Editora: Darkside
Páginas: 406
Ano: 2016
Classificação:
Skoob
SinopseTudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro? 
Quando se vê refugiada em um pequeno vilarejo distante o lugar perfeito para recomeçar ela procura ser uma pessoa comum, se estabelecendo como garçonete, e escondendo sua vida de realeza. O que Lia não sabe, ao conhecer dois misteriosos rapazes recém-chegados ao vilarejo, é que um deles é o príncipe que fora abandonado e está desesperadamente à sua procura, e o outro, um assassino frio e sedutor enviado para dar um fim à sua breve vida. Lia se encontrará perante traições e segredos que vão desvendar um novo mundo ao seu redor.
O romance de Mary E. Pearson evoca culturas do nosso mundo e as transpõe para a história de forma magnífica. Através de uma escrita apaixonante e uma convincente narrativa, o primeiro volume das Crônicas de Amor e Ódio é capaz de mudar a nossa concepção entre o bem e o mal e nos fazer repensar todos os estereótipos aos quais estamos condicionados. É um livro sobre a importância da autodescoberta, do amor, e como ele pode nos enganar. Às vezes, nossas mais belas lembranças são histórias distorcidas pelo tempo.
Não dá pra começar a falar de The Kiss of Deception sem mencionar essa lindíssima capa, que eu já vinha admirando desde que esse livro bombou lá fora. Saber que a editora Darkside ia lançá-lo no Brasil me deixou ainda mais curiosa, e acabei comprando assim que tive a oportunidade. Não fiquei nem um pouco decepcionada com o trabalho gráfico da editora, que sempre é muito caprichosa em tudo o que faz. Pena não poder dizer o mesmo sobre a minha experiência com o livro.

O que você, caro amigo leitor, precisa saber antes de qualquer coisa é o seguinte: esse não é um livro de fantasia. Mas aí você pode estar se perguntando como isso é possível, já que a capa e até mesmo a sinopse remetem a reinos, magia e guerra. E não é que nenhum desses assuntos esteja presente, e sim que todos eles são ofuscados pela presença do famigerado romance. Ele toma conta do livro todo, impossibilitando o desenvolvimento de qualquer outro plot. Portanto, esteja ciente de que você precisa gostar muito de romance para aproveitar TKD da melhor maneira. Como eu não sou a mais fã de amorzinho adolescente, começou a dar errado a partir daí.



Eu fui muito enganada com essa leitura. Primeiro porque de fantasia não tem quase nada. Segundo porque o romance é bem instalove, e nem o tal triângulo amoroso é bem desenvolvido, já que Lia claramente prefere um dos rapazes. Como eu não gosto dessa geometria amorosa, até que achei bom o fato de ela não ficar toda indecisa o tempo todo. Agora, sobre o grande mistério do livro: a identidade do príncipe e do assassino. Não quero falar muito para não estragar a experiência de ninguém, mas eu fiquei com muita raiva. E não aquela raiva boa, do tipo que a gente ama mais odeia o que aconteceu. Eu fiquei com ódio de verdade. Porque após a revelação, não houve explicação alguma, nenhuma justificativa que realmente tenha me feito acreditar no que a autora criou. Tive mais alguns problemas com a revelação mas prefiro não comentar pra não soltar spoilers.



Claro que não foi tudo ruim, se não minha nota teria sido mais baixa. Gostei bastante das relações entre as personagens femininas, sem essa palhaçada de competição e inveja. Elas se apoiam e fazem tudo umas pelas outras. É uma representação muito válida e que precisa ser abordada com mais frequência em livros de YA. Outra coisa que gostei foi a ambientação, que mesmo não sendo muito aprofundada, me fez sentir imersa no mundo criado pela autora. E pela primeira vez achei o mapa do livro realmente útil, me ajudou bastante a entender a jornada dos personagens pelo reino de Morrighan.

Em resumo, TKD é isso aí: donzela rebelde delirando pelos cantos à procura de um amor, um pouco de magia, profecia sobre "A Escolhida" e uma ambientação que soa levemente como um reino distante. Não crie grandes expectativas e seja surpreendido. Do contrário, a palavra deception irá significar muito mais do que apenas parte do título do livro.

Darkside sempre arrasando!


Esta resenha faz parte do Desafio Literário I Dare You 2.0 (saiba mais clicando aqui).
Tema escolhido para Junho: Capa linda

Me conta aí nos comentários o que você achou do livro ou se pretender ler!

Beijos e até o próximo post :*

Resenha | The Winner's Curse

quarta-feira, 29 de junho de 2016
Imagem: Stephanie Bertram


Autor: Marie Rutkoski
Nível de inglês: Intermediário - Avançado
Páginas: 368
Ano: 2014
Classificação:
Skoob
Sinopse: Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai - o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida... As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas. A Maldição do Vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita. Em um mundo dividido entre o desejo e a escolha, o dominador e o dominado, a razão e a emoção, de que lado você permanecerá?

The Winner's Curse é exatamente o que um primeiro livro de uma trilogia de fantasia deve ser. O leitor é apresentado a um mundo totalmente novo, com leis e regras próprias. Há também uma introdução aos principais personagens e o início do que virá a ser o enredo principal, que nesse caso, só dá as caras mesmo depois de mais da metade da obra.

Meu problema principal com o livro foi a estagnação inicial da história. Fofocas, indício de romance, bailes e personagens reclamões é tudo o que nos é oferecido durante boa parte do livro. Até que uma cena mais intensa acontece pra despertar um pouco o interesse, e foi a partir dessa cena que comecei a entender onde a autora queria chegar.

Muitos dizem que TWC é um livro de romance, mas eu discordo. Acho que o romance contido nesse primeiro livro fica bem em segundo plano (o que é ótimo), dando bastante espaço para outras tramas se desenvolverem, mesmo que lentamente. Dificilmente eu elogio romances, mas tenho que reconhecer os méritos da autora em criar um relacionamento crível e quase sem instalove, com personagens que vamos gostando aos poucos (comecei a leitura detestando os dois protagonistas e terminei adorando, ou seja...).

Kestrel é uma protagonista feminina diferente das que normalmente vemos em livros de fantasia YA. Um pouco mimada no começo, mas claramente influenciada pelo meio em que vive, ela cresce e se desenvolve conforme se vê diante de situações que exigem isso dela, e isso fez com que Kestrel se tornasse muito verossímil e tridimensional. O mesmo vale para Arin, que no início parece ser detestável mas aos poucos vai mostrando a que veio sem entregar tudo "de bandeja", mantendo um mistério em torno de si mesmo bem interessante. Dessa forma podemos criar empatia por ele e entender algumas de suas atitudes.

Como já citei, meu interesse foi crescendo ao longo do livro, conforme o ritmo da narrativa ia se acelerando. Não espere nada de muito original quanto ao enredo, pois as tramas e os conflitos contidos em The Winner's Curse são bem manjados de quem já leu um ou dois livros de fantasia. Mesmo já esperando algumas das reviravoltas, a escrita de Marie Rutkoski me prendeu bastante e foi crucial para que eu não desistisse da leitura.

O que se destacou na história pra mim, além dos personagens, foram algumas características do reino de Valoria, como a opção de alistamento militar dada às mulheres (mesmo mantendo o costume antigo do casamento arranjado e a escravidão), e toda a questão do duelo entre pessoas que desejam resolver alguma questão entre si, independente de idade ou gênero dos participantes. Isso até contradiz um pouco a ideia de que as damas devam sempre andar acompanhadas, mas mesmo assim vale a pena ressaltar esses pontos.

Não consegui achar elementos suficientes para classificar esse livro como distopia, apesar do que muitos alegam. Pra mim TWC é uma fantasia leve e com algumas questões políticas bem abordadas, uma protagonista forte e inteligente e um romance que não vai fazer o leitor revirar os olhos. Esses três fatores já são suficientes para fazer deste livro uma recomendação. Mas saiba que se você não gosta de livros com início lento, pode, assim como eu, ficar exausto ou demorar muito para terminar a leitura.

Quando comecei a leitura em inglês, descobri que seria lançado aqui no Brasil pelo selo Plataforma21, da editora V&R. Então pode ser que eu espere a trilogia inteira ser lançada pra adquirir todos os livros de uma vez :)

E você, pretende começar esta trilogia? Já leu? Deixa aí embaixo seu comentário!



Esta resenha faz parte do Desafio Literário I Dare You 2.0 (saiba mais clicando aqui).
Tema escolhido para Maio: Recomendado

Beijos e até o próximo post :*

Resenha | Legend

quarta-feira, 18 de maio de 2016
Imagem: Stephanie Bertram
Autor: Marie Lu
Editora: Rocco
Páginas: 256
Ano: 2014
Classificação: 
Skoob
SinopseTrilogia distópica que vem conquistando os fãs de Jogos Vorazes e Divergente, a série Legend é ambientada na República, instalada numa região outrora conhecida como costa oeste dos Estados Unidos, e conta a história de June, uma garota de 15 anos nascida numa família de elite e que possui impressionantes habilidades militares, e Day, um garoto pobre considerado o criminoso mais procurado do país. Quando o irmão de June é assassinado, os caminhos desses dois jovens de origens distantes se cruzam, dando início a uma trama de forte conteúdo político e repleta de ação, reviravoltas e romance.
Por mais que a onda de distopias tenha dado uma diminuída, ainda há algumas obras deste gênero que não tive a oportunidade de ler. Por isso decidi dar uma chance a Legend e ver se ainda valia a pena me aventurar por mais um mundo com um governo totalitário que engana toda a sociedade sobre suas reais intenções.

Não consigo começar essa resenha sem falar do meu maior problema com a obra: a idade dos protagonistas. Ok, o livro é YA e tem público-alvo adolescente, mas é muito difícil acreditar nas atitudes dos personagens principais quando eles tem apenas 15 anos. 

Geralmente, quando leio um livro com um protagonista muito jovem, tento usar de empatia e me "visualizar" no personagem, identificando as atitudes que eu tomaria se estivesse naquela situação (e tivesse a mesma idade). E em pouquíssimos momentos eu me identifiquei com June ou Day, pois a maturidade de ambos é tão absurda que fica muito complicado visualizá-los como adolescentes. Eu entendo que eles sejam prodígios, mas mesmo assim soa tudo muito estranho. Se Marie Lu tivesse envelhecido esses personagens em 4-5 anos, tudo já ficaria um pouquinho mais crível (Sabaa Tahir fez algo parecido em Uma Chama Entre as Cinzas, por exemplo, e funcionou muito bem).

A escrita é muito rápida e fluida, e o enredo tem ação suficiente para nos manter interessados. As reviravoltas não trazem nada de novo; caso você tenha lido umas duas ou três distopias, vai conseguir prever a maioria dos twists. O romance é um pouco instalove, mas nada muito "revirador de olhos". É até meio fofo. Só não curti a possibilidade de um triângulo amoroso que pode existir no próximo livro...

Fiquei interessada em continuar a trilogia, já que pelas resenhas que li, o segundo livro melhora consideravelmente em relação a este primeiro. Portanto vou continuar essa jornada e espero não me decepcionar com o andamento da história.

E você, já leu? O que achou? Conta aí nos comentários!

Beijos e até o próximo post :*

Resenha | Mil Pedaços de Você

segunda-feira, 14 de março de 2016


Autor: Claudia Gray
Editora: Agir Now
Páginas: 288
Ano: 2015
Classificação:
Skoob
SinopseMarguerite Caine cresceu cercada por teorias científicas revolucionárias graças aos pais, dois físicos brilhantes. Mas nada chega aos pés da mais recente invenção de sua mãe — um aparelho chamado Firebird, que permite que as pessoas alcancem dimensões paralelas. 
Quando o pai de Marguerite é assassinado, todas as evidências apontam para a mesma pessoa: Paul, o brilhante e enigmático pupilo dos professores. Antes de ser preso, ele escapa para outra realidade, fechando o ciclo do que parece ser o crime perfeito. Paul, no entanto, não considerou um fator fundamental: Marguerite. A filha do renomado cientista Henry Caine não sabe se é capaz de matar, mas, para vingar a morte de seu pai, está disposta a descobrir.
Com a ajuda de outro estudante de física, a garota persegue o suspeito por várias dimensões. Em cada novo mundo, Marguerite encontra outra versão de Paul e, a cada novo encontro, suas certezas sobre a culpa dele diminuem. Será que as mesmas dúvidas entre eles estão destinadas a surgirem, de novo e de novo, em todas as vidas dos dois?
Em meio a tantas existências drasticamente diferentes — uma grã-duquesa na Rússia czarista, uma órfã baladeira numa Londres futurista, uma refugiada em uma estação no meio do oceano —, Marguerite se questiona: entre todas as infinitas possibilidades do universo, o amor pode ser aquilo que perdura?
Quem acompanha o canal do blog (inscreva-se aqui), viu que no meu vídeo sobre os livros para ler em 2016 eu falei sobre Mil Pedaços de Você com muita empolgação, mesmo sabendo que o livro poderia nem ser tão bom assim. Pois é, eu li e hoje venho dizer pra vocês o que eu achei desse livro... que pra resumir, foi bem meh.

Sou muito fã da série Fringe, e por conta dela me encantei por universos paralelos e as teorias em volta deles. E isso foi crucial na minha escolha por este livro, que tem como trama principal a viagem da protagonista Marguerite entre inúmeros universos em busca do assassino de seu pai. Fui ler esperando muita ação, ritmo acelerado e imersão nos diversos mundos apresentados. O que encontrei foi um triângulo amoroso mal feito em meio a um enredo que tem como maior ponto positivo sua ambientação.

Eu já sabia que não encontraria uma obra-prima em MPV, já que inúmeras resenhas que li diziam que o livro deixava a desejar. E o que ocorre é que Claudia Gray cai em uma armadilha muito comum: a boa ideia que se perde em meio a um desenvolvimento pobre e motivação sempre justificada pelo amor adolescente. Eu não sou contra romance, acho válido existir, mas quando ele se sobrepõe à ideia principal do enredo, nunca sai boa coisa e sempre acabo decepcionada no fim.

Como o triângulo amoroso foi o que mais me incomodou na história, preciso apontar alguns problemas em relação às "partes" desse romance. Marguerite, a protagonista, é um clichê ambulante: a filha de cientistas que não leva jeito para Exatas mas é um prodígio nas Artes (conveniente, não?!). Paul, o suposto assassino de Henry, é um nerd de baixa renda que chegou onde chegou devido a seu esforço, e que mesmo vivendo e respirando Física tem tempo para cuidar de seus músculos e ter a aparência de um deus grego (pode revirar seu olhos, eu deixo). Theo (não tão musculoso quanto Paul, mas quase lá), tinha tudo para ser um personagem cativante e tridimensional, mas soa inverossímil, apesar de ter sim sua graça.



Nem me deixem começar a falar da dinâmica entre os seis personagens que compõem o círculo familiar de Marguerite. Pais perfeitos, irmã aventureira (muito mais interessante que a própria protagonista) e dois jovens que foram praticamente adotados por sua família, vivendo e crescendo juntos sob o mesmo teto. Posso estar errada, mas pela minha (pouca) experiência, jovens de 20-21 anos dificilmente se interessariam por uma pintora de cabelo rebelde que viram crescer. Por mais nerds que sejam, o natural seria que Theo e/ou Paul se sentissem atraídos pela irmã de Marguerite, (...), que é uma menina engraçada, espirituosa e bem resolvida, totalmente oposta ao que os meninos são. E é exatamente por isso que bato na tecla de que ela deveria ser a personagem principal, e não a songa-monga da irmã mais nova...

Tirando esse ponto, eu gostei sim do livro. Como falei lá em cima, a ambientação tem grande destaque, foi fácil imaginar desde uma Londres futurista até uma Rússia czarista, com todos seus detalhes e atmosferas. O ritmo de leitura não é lento, mas muitas cenas são longas (principalmente as românticas, argh!), então pode se preparar para parágrafos e parágrafos de corações indecisos e declarações melosas.



Uma coisa boa é que o final é fechado, com poucas pontas soltas e sem cliffhangers. Isso é bom porque dá pra esperar com tranquilidade a sequência, Ten Thousand Skies Above You, que ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.

Portanto, se você também ficou encantado pela capa e premissa da história, saiba que o enredo não se aprofunda muito no quesito "universos paralelos", focando mais no romance vivido pela protagonista e deixando de lado diversas possíveis tramas interessantes. Vou continuar a trilogia pois o assunto me interessa, mas já estou preparada para novamente não achar a sequência tão maravilhosa assim.


Esta resenha faz parte do Desafio Literário I Dare You 2.0 (saiba mais clicando aqui).
Tema escolhido para Fevereiro: Livro da TBR

Beijos e até o próximo post :*

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